CAPÍTULO 182)TÍTULO: Contra a MáfiaNARRAÇÃO DE MAXINE ( PRIMEIRA NARRAÇÃO)Estou com medo, muito medo. O Sr. Johnny soltou uma bomba, ele não sabia, mas aquilo era o motivo de me sentir tão destruída. Sei que nasci e fui programada para um único propósito: Casar com um DOM. Cresci obedecendo às ordens daqueles homens, tudo era muito claro, “sempre obedecer e nunca questionar”, caso contrário, as consequências eram as surras e a prisão. Quando obedecia, tinha tudo o que queria, roupas, estética e muita regalia. Quando questionava ou me rebelava, era enviada para a prisão, onde passava dias sem comida, só com água. Logo que cheguei na fazenda e Alexander não aceitou minha aproximação, sabia que tinha um grande problema. Para mim, é claro! Fui obrigada a aprender tocar piano, dançar ballet, falar vários idiomas. Sou culta, tive aulas de conhecimentos gerais. Tudo planejado para impressionar aquele que estava destinado a se casar comigo, mas as coisas começaram a desandar e rolar lad

NARRAÇÃO DE GABRIEL...Acho que nunca enfrentei um confronto tão difícil em toda a minha vida. Já enfrentei o pai da Liz no passado, entregando-me de bandeja a ele, só queria que Liz ficasse bem, aquele foi o motivo do infarto do meu avô, acreditava realmente que aquele seria o maior confronto da minha vida. Enfrentamos o cara que falava ser o pai do Nicolás, ele incendiou o estábulo deixando a maioria dos cavalos queimados, Jade foi baleada, todos os capangas mortos, até o médico que fez o parto dos meus filhos foi morto. Para mim, esses foram os piores confrontos que passei, não acreditava que poderia vivenciar algo pior, mas estava enganado…e como!Quando me tornei pai, descobri que ia viver o confronto mais difícil de todos, por todos os dias da minha vida e não me enganei, FILHOS! Nunca mais tive paz! Naquele momento estava assistindo Alexander, Caio e Davi tomando à frente do que fazer para resgatar Jhonny. Eles se uniram, decidiram o que fazer e simplesmente ignoraram minhas

NARRAÇÃO DE ALEXANDER...A máfia nos obriga a ser fortes. É como se fosse o mundo me ensinando a crescer, amadurecer e parar de chorar. Dizem que homens fortes não choram, portanto enxuguei as lágrimas com as mãos sujas de sangue, sujei meu rosto com o sangue do meu pai. O tio Gabriel nos mandou segui-lo, os homens chegaram para nos ajudar a carregar o tio Jhonny enquanto meu padrinho carregava meu pai. Eu e Davi entramos em um carro com o tio Jhonny e o tio Gabriel entrou em outro carro com meu pai. Os seguranças assumiram os volantes e aceleraram rumo à fazenda, tudo para tentar salvá-los. Segurei na mão do tio Jhonny, ele estava pálido, boca branca, o sangue em seu rosto havia secado. Coloquei o dedo indicador abaixo do seu nariz, queria ter a certeza que ele estava respirando. Senti o ar quente e fraco em meu dedo, suspirei voltando a segurar sua mão. Reparei nas inúmeras tatuagens sobre seus braços e mãos, havia uma tatuagem diferente que chamou minha atenção "N.G.J". Parei p

NARRAÇÃO DE ALEXANDER...Foi terrível dar aquela notícia para minha mãe. Tentava falar, mas o choro me atropelava, estava travado na garganta. Minha mãe entendeu o quanto precisava dela, o quanto precisava de sua força e em meio à crise de choro, minha mãe me guiou até o box do banheiro, tirou minha roupa ensanguentada e me colocou debaixo do chuveiro. Ali não consegui ficar calado. Observando o sangue do meu pai escorrer pelo ralo, minhas lágrimas se juntavam à água na ponta do meu nariz, indo de encontro com aquela que estava colorida em vermelho vivo, parecia um pequeno rio de sangue. Era do meu pai. Chorei ainda mais, apoiando minha mão na parede do box. Olhei para minha mãe e consegui desabafar, contei tudo o que aconteceu e o mais difícil, consegui falar a gravidade da situação em que meu pai se encontrava. Ela ficou pálida, seus lábios ficaram roxos, seus olhos tremiam enquanto as lágrimas se formavam. Naquele momento não vi minha mãe e sim uma mulher, completamente apaixonada

NARRAÇÃO DE ALEXANDER...As horas passaram com tanta lentidão, que o tempo parecia ter parado. Houve um momento em que não aguentei mais ficar na sala de espera. Saí deixando Lilly com minha mãe e caminhei até o quarto onde estavam os Três Mosqueteiros. Os tios Gabriel e Nicolás entraram, logo em seguida a tia Jade e a Árya saíram, depois disso não houve mais movimentação, todos respeitaram a privacidade deles, mas estou angustiado e entediado. Abri a porta e me surpreendi quando vi o tio Jhonny acordado. Os três estavam conversando, mas se calaram ao perceberem minha presença. - Ele acordou e não falaram nada? - Perguntei indignado. Todos querem vê-lo. - Estamos explicando tudo o que aconteceu. Jhonny não consegue falar, colocaram pinos no osso da sua face. Então, acalma aí. Aliás, qual é o seu problema? Que história é essa de invadir a sala de cirurgia? Espero que não tenha apontado o revólver para os cirurgiões. - Alexander, por que você fez isso? Apavorar os cirurgiões não vai