Um gesto de simpatia e agradecimento. Isso seria tudo o que eu daria a Luciano. Era tudo o que eu podia dar àquele homem que está tocando a campainha do outro lado da minha porta. Verifico se a mesa está servida para ele, e se pareço o mais "despreocupada" possível com minhas roupas de ficar em casa. Vou abrir a porta.—Vejo que você aprendeu a usar a campainha — cumprimento.—Por esta noite, sim. Embora não vá devolver a chave que guardo para emergências.—Vou trocar a fechadura um dia desses. Entre — reviro os olhos.Luciano entra no meu apartamento, ele simplesmente vai se sentar à mesa com o prato vazio. É o único que há. Não perco nem um segundo, começo a encher o prato com a comida que sobrou, foi um jantar simples, arroz, filé de frango à milanesa e salada. Enquanto coloco a comida, sinto seu olhar em mim. Está como que me analisando.É torturante que, no meu gesto de simpatia e agradecimento, tenha que ficar tão perto dele. Não gosto da proximidade que temos. Seu aroma me intox
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