Oliver estava sentado em seu escritório, cercado por pilhas de documentos e livros jurídicos. Sua mente era um turbilhão de pensamentos, e ele não conseguia focar em nada. Ele lia e relia o processo para sua audiência, mas as palavras dançavam diante de seus olhos, sem sentido. Ele suspirou e passou a mão pelo cabelo, frustrado. Toda vez que ele estava tentando analisar os últimos detalhes da defesa do seu cliente, sua cabeça o traía. Ele estava cansado de fingir que estava tudo bem, quando na verdade estava se sentindo vazio e perdido. Ele ainda não havia conseguido processar a dor da perda. Ele sentia como se uma parte dele tivesse sido arrancada, deixando um vazio interior que parecia impossível de preencher. — Por que isso aconteceu? — perguntou ele em voz alta, para si mesmo. — Será que eu realmente tive culpa? Talvez se eu tivesse ido direto para casa aquele dia... nada disso teria acontecido!— perguntou num sussurro, olhando no monitor do computador a ultrassom que Eloisa

Oliver suspirou e olhou para baixo, seu olhar se tornou triste e vazio, como se estivesse olhando para um abismo sem fim. Ele parecia estar perdido em seus pensamentos, revivendo os momentos que o levaram a perder a chance de ser feliz. A dor e a frustração estavam estampadas em seu rosto, como se fossem uma máscara que ele não conseguia remover. — Só não entendo como ele ficou sabendo, eu nunca contei para ninguém... — sussurrou, sua voz baixa e desanimada, como um sussurro que apenas ele pudesse ouvir. Elisa se aproximou de Oliver, seus olhos fixos nos dele, cheios de curiosidade e preocupação. Ela parecia estar tentando ler entre as linhas, entender o que estava acontecendo com o irmão. — O que foi que você fez, Oliver? — perguntou, sua voz suave e gentil, mas com um tom de urgência. Oliver pensou por um momento como se estivesse decidindo se devia ou não contar o que fez. Ele parecia estar pesando as consequências de suas palavras, medindo o risco de revelar seu segredo.

Oliver estava decidido a contar para Antonella o que havia acontecido dez anos atrás e confessar finalmente seus sentimentos. Ele passou a noite sem dormir, pensando em como abordar o assunto, sem que ela o odeie.   Mas de uma coisa ele tinha certeza, precisava ser honesto com ela. Elisa havia contado sobre o relacionamento de Antonella com Collor, e naquele momento Oliver tinha visto que Antonella também estava sofrendo, só que diferente dele, ela se agarrou na ilusão de ter uma família e agora com a gravidez sentia medo de não conseguir sozinha.   Mesmo que eles não ficassem juntos, Oliver estava disposto a ajudar Antonella a enxergar que ela estava vivendo em um relacionamento abusivo e que ela nunca esteve só.   Ele levantou, sentindo o peso da noite sem dormir ainda em seu corpo. O banho gelado foi como um choque elétrico, mas necessário para afastar a moleza que o envolvia.   Na frente do seu closet, Oliver analisou todas as suas roupas com cuidado, como se estivesse escolhe

Collor pareceu surpreso com a reação de Oliver, mas não recuou. Em vez disso, ele deu um passo à frente, seus olhos ardendo de fúria, e entrou no escritório de Oliver com um silêncio sepulcral. A secretária observou a cena com um nó na garganta, sentindo o peso da tensão no ar. Seus dedos tremiam enquanto ela os entrelaçava, como se tentando conter a ansiedade que ameaçava explodir. — Esse homem precisa de um tratamento intensivo...— sussurrou, enquanto via a secretária de Collor a encarando com preocupação. Dentro do escritório, a atmosfera estava carregada de eletricidade. Oliver sentou em sua imponente cadeira, retirou seus óculos e os colocou sobre a mesa com um gesto deliberado. Seus olhos, agora desprotegidos, encararam Collor com uma calma glacial, enquanto suas mãos se juntavam em um gesto lento e calculado. Collor sentiu um surto de adrenalina percorrer suas veias, como se o silêncio de Oliver fosse um desafio direto à sua autoridade. A raiva latejava em suas têmporas

Era quase fim de tarde, Oliver estava sentado em seu escritório, olhando para a papelada espalhada sobre a mesa com um olhar vazio. Quando a porta se abriu sem aviso, viu a imagem de Eloisa, e um peso invisível caiu sobre seus ombros, como se a simples presença dela tornasse o ar pesado. Com um suspiro longo e frustrado, ele levantou os olhos ligeiramente e a encarou, sua expressão uma máscara de indiferença. — O que você quer, Eloisa? — perguntou ele, com a voz fria e distante, como se estivesse falando com uma desconhecida. Oliver estava cansado dos mesmos assuntos, das mesmas discussões, das mesmas desculpas. A fadiga e o desinteresse estavam estampados em seu rosto, como se ele tivesse perdido toda a esperança de que as coisas mudassem. Eloisa entrou no escritório, seus olhos vermelhos e inchados, como se tivessem sido lavados pelas lágrimas de uma noite inteira. Seu rosto estava pálido e abatido.Oliver estreitou os olhos sentindo uma mistura de desconfiança e preocupação