— Eu sei, podemos deixá-lo continuar o tratamento no hospital pequeno perto da casa dele...Karina não a deixou terminar:— E se houver problemas? E se surgirem complicações pós-cirúrgicas? O que vamos fazer, então?— Você não precisa se preocupar com isso. — Helena disse. — Já conversei com eles, o paciente assinou, ele tem alta por vontade própria e as consequências serão de sua responsabilidade...— Helena. — A voz de Karina se tornou séria. — Você está brincando comigo? O que você está pensando? Você me diz que tem pena do paciente, mas ao mesmo tempo diz que ele deve arcar com as consequências?— Eu...As duas começaram a discutir, a voz se elevando.Muitos colegas se reuniram na porta do escritório, mas ninguém se atreveu a falar.— O que está acontecendo? — O chefe do departamento de internação, ao ouvir o barulho, correu até lá e perguntou o que se passava.Karina respondeu:— É isso mesmo. O paciente fez uma cirurgia cardíaca, uma operação muito arriscada. Não é hora de econom

Então, eles estavam bem?Helena tinha observado muito bem. O olhar de Ademir para Karina era o mesmo de três anos atrás!— Você ainda não desistiu?— Basta, isso não é da sua conta. — Ademir esfregou a testa, cansado. — Se não há mais nada, pode ir embora.— Ademir...Nesse momento, a porta do vestiário se abriu.Karina havia terminado de se trocar e saiu com a bolsa nas costas.Ao vê-los, parou por um momento, surpresa:— Vocês estão conversando? Será que saí no momento errado? Se for o caso, posso voltar para dentro...— Volte aqui. — O rosto de Ademir escureceu e ele agarrou o pulso de Karina. — Já chega, vamos.Com um gesto rápido, ele pegou a bolsa de Karina e a puxou para fora.— Sr. Ademir! — De repente, Helena chamou do fundo. — Karina está me provocando de propósito! Ela não está nem um pouco preocupada com o paciente! O paciente mal tem como pagar! O médico precisa se preocupar com o paciente, você deveria perguntar a ela se ela tem essa preocupação!Os dois à frente, no enta

Se Karina não respondesse corretamente, isso poderia afetar o relacionamento deles, fazendo com que Karina se tornasse a culpada.Afinal, Stéphanie não era como Sílvia ou Helena; ela poderia, sim, vir a ser a Sra. Barbosa.Mas como Stéphanie teria coragem de perguntar ao Ademir?Ela não tinha essa liberdade, e temia que Ademir ficasse irritado com ela.— Então... — Stéphanie reformulou a pergunta. — Só me diga uma coisa, vocês estão pensando em reatar? Você consegue responder a isso?Esse era um questionamento que Karina podia responder.Karina foi firme ao dizer:— Não estamos.— Sério? — Os olhos de Stéphanie brilharam, um fio de esperança aparecendo. — Você não está mentindo para mim, né?— Claro que não. — Karina negou com firmeza.— Então, está tudo bem, eu já posso ficar tranquila. — Stéphanie sorriu para ela. — Não vou te fazer mais perguntas.Karina ficou surpresa, não entendendo bem:— Com isso, você já fica tranquila?— Sim. — Stéphanie assentiu, séria. — Eu não sou casada co

Ela, a namorada dele?Ademir finalmente entendeu:— Você está falando da Stéphanie, né?— Isso mesmo. — Karina sorriu e acenou com a cabeça.Ademir permaneceu em silêncio. Karina realmente acreditava que Stéphanie era a namorada dele?Embora Ademir não tivesse negado isso, Karina não conseguia perceber? Será que era uma ideia só de Stéphanie?Karina não conseguia ver isso?Ou talvez... Karina quisesse que Stéphanie fosse a namorada dele?Ademir moveu os lábios levemente:— O que você está tentando dizer sobre a Stéphanie? Continue.Karina seguiu:— Eu sou apenas uma amante, mas tenho princípios. Não sou a amante de um homem casado...— É mesmo?— Sim. — Karina assentiu, falando de forma séria. — Caso contrário, por que eu não teria ficado com o Vasco desde o começo?— Karina! — Ademir interrompeu ela abruptamente, seu semblante ficando sombrio.Karina se assustou, e o pedaço de comida que estava segurando caiu de volta no prato.— Para você... — O homem de repente segurou seu queixo co

— Claro, viemos justamente por causa dessa refeição. Quem é que iria embora?— Exatamente.No meio da animação, Stéphanie entrou com um saco de presentes:— Avô, bom dia! Que barulho é esse, será que cheguei tarde?Otávio fez uma breve pausa, sorrindo enquanto assentia com a cabeça:— Que conversa é essa? Você está vindo me ver, nunca é tarde.— A Stéphanie chegou?Os outros, no entanto, não estavam tão tranquilos, até pareciam um pouco mais animados.— A Stéphanie, né? Hoje quem veio são todos da família Barbosa.— Isso mesmo, o Sr. Otávio disse que a família toda ia se reunir para essa refeição.Era claramente uma brincadeira.— Vocês realmente... Por que estão falando isso? A Stéphanie certamente faz parte da família Barbosa. Stéphanie, você mesma, diz aí, não é?De repente, a face de Stéphanie ficou vermelha, e ela, tímida, respondeu:— O que estão dizendo? Que história é essa de ser da família Barbosa?— Ah, está tímida?— A pergunta foi feita, mas acho que a gente deveria pergunt