— Mãe! — No quarto, Vitória estava prestes a perder a paciência com sua mãe.— Você foi muito impulsiva! Por que foi atrás da Karina para brigar? Eu não te disse para não tomar decisões sozinha? Eunice sabia que havia cometido um erro dessa vez e, em um tom baixo, falou:— Eu não esperava que o Ademir estivesse lá. Seu pai nunca foi assim. E agora, o que vamos fazer?O que fazer?Vitória sentia uma dor de cabeça intensa.Ela não estava em desgraça o suficiente? Sem motivo algum, foi queimada e acabou assim, naquele estado! E agora, esse novo problema?O que Ademir pensaria ao saber da relação entre Vitória e Karina?Ele acharia que Vitória também era uma das pessoas que estava intimidando Karina? Será que ele a acharia repulsiva?Não dava para fugir dessa situação.Se tivesse que esperar até que Ademir fosse questioná-la, talvez fosse melhor ir procurá-lo antes……Como Karina estava grávida, Felipe chamou o chefe do departamento de obstetrícia para fazer um exame nela.— Isso é causad

— O que aconteceu? — Ademir perguntou, muito curioso, mas com uma sensação estranha de medo. Vitória respondeu: — Ademir, a Karina não te ama. Num instante, Ademir ficou paralisado, seus olhos se tornaram gélidos. Ele forçou um sorriso e perguntou: — Por que você diz isso? Vitória percebeu imediatamente: Ademir estava triste... Ele estava realmente triste! — Ademir... — Vitória perguntou, a dor transparecendo em sua voz. — Você se apaixonou pela Karina? Ademir não negou, e respondeu: — Você não me respondeu a pergunta que fiz. Sem uma resposta, Vitória sentiu uma dor imensa. Sabendo que, se fosse para falar, algumas palavras não poderiam mais ser retidas: — Tá bom, eu te respondo. Porque a Karina me odeia e odeia meus pais. A Karina sabia desde o começo que estávamos juntos. Ela só ficou com você para se vingar de mim! O coração de Ademir foi como se tivesse sido atingido por um peso imenso. Vitória continuou, incansável: — Isso não é suposição minha! A Ka

— A Karina chegou, vou te apresentar. — Felipe disse com um sorriso, acenando com a mão. — Este é Yuri Braga, seu sênior. Yuri, essa é a Karina, sua júnior.— Olá, júnior. — Yuri olhou para Karina e sorriu levemente.— Olá! — Karina não conseguiu controlar a excitação, seus olhos brilhavam.O nome Yuri era bastante conhecido por Karina!Ele era o excelente aluno do Dr. Felipe, um gênio da medicina!Se dizia que, enquanto ainda estava na universidade, Yuri já tinha a responsabilidade de conduzir uma cirurgia cardíaca importante!Não só na Universidade J, mas em todo o meio médico, ele era uma figura de grande prestígio!Yuri era um verdadeiro gênio!Karina já sabia sobre ele há muito tempo, mas, quando ela começou o estágio, Yuri havia sido enviado ao exterior.Após um ano, Yuri finalmente havia voltado!Agora, Karina poderia finalmente conhecer pessoalmente o seu incrível sênior.— Júnior, por que está me olhando assim? — Yuri disse sorrindo. — Tem algo no meu rosto?— Não... — Karina

Com a promessa de Ademir, Karina afastou o sorriso e olhou ele nos olhos, respondendo de forma lenta e clara:— Vou ser franca. Quando aceitei casar por acordo, foi por dinheiro, para pagar o tratamento do Catarino. Depois, descobri que você era o namorado da Vitória, e por isso, não quis me divorciar. Fiz isso para me vingar dela, para me vingar da família dela. Essa foi a razão.Ademir olhou, atordoado, para os lábios de Karina, que se moviam lentamente ao falar, e sua mente ficou completamente em desordem.Era realmente para se vingar!Agora ele entendia tudo: quando Ademir foi esfaqueado e ficou internado, Karina havia dito que ele poderia amar quem quisesse! Agora tudo fazia sentido!Mas, e quanto ao que Ademir havia sentido antes, a maneira como Karina demonstrava gostar dele... Será que aquilo era real ou Karina apenas queria fazer Ademir acreditar nisso como parte de sua vingança?Ele não se atrevia a pensar mais fundo sobre isso.Apenas sorriu levemente, tentando esconder os

— É o Túlio. — Karina. — Em vez de Karina, Túlio sorriu levemente, tomando a iniciativa de cumprimentá-la. — Quanto tempo, não é? — É, quanto tempo. Na verdade, não foi tanto tempo assim. Mas, nesse intervalo que parecia curto, Túlio, visivelmente, havia emagrecido ainda mais. Parecia que, a cada reencontro após o término, Túlio ficava mais magro. Karina não conseguia descrever muito bem a sensação que isso lhe causava; no fim, não era algo muito confortável. — Você veio até aqui por... — Túlio continuava com aquele sorriso suave, desviando o olhar para Amílcar. — Eu e o Dr. Amílcar somos amigos. Aproveitei para dar uma passadinha, mas já estou indo embora. Será? Claramente não era isso. Karina não o confrontou: — Então, posso te acompanhar até lá? — Claro. Os dois trocaram algumas palavras e saíram juntos. O olhar de Túlio se fixou na barriga dela: — Sua barriga está bem maior. — É. — Karina acariciou suavemente a barriga. — Depois do quarto mês, começo