— Não vai, né? — Karina balançou a cabeça, exausta, e pegou o garfo. — Então não fique me incomodando. Comparada a você, uma refeição sem gosto não é nada.E assim, Karina começou a comer.Vendo que Karina comia com apetite, Ademir não ousou interromper. Apenas, silenciosamente, começou a servir mais comida no prato dela, como sempre fazia.Durante a refeição, não trocaram palavras. Karina logo terminou de comer.Ademir, ocupado em cuidar dela, quase não comeu nada.Karina limpou a boca com um guardanapo e, levantando o olhar, perguntou:— Eu posso ir embora agora?Ademir franziu a testa, mas não ousou irritá-la. Com um movimento leve, colocou o braço em volta dela:— Você não quer ficar aqui comigo, não? Ficar com ele? Karina ficou em silêncio, sem saber o que responder.— Aqui não é um bom lugar para dormir. — Disse ela, apontando para a cama de apoio. — É muito pequena, e agora que minha barriga está crescendo, não consigo mais dormir bem. Eu vou me mexer muito à noite.— Não prec
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