Capítulo 109. Ela é incrível. Parte 2.Vincent ergueu uma sobrancelha, virando-se levemente para ela com um olhar que misturava descrença e sarcasmo.— Interessante? — Repetiu ele, arrastando a palavra como se quisesse saboreá-la antes de retribuí-la com um toque de ironia. — Então você está me dizendo que ser desmantelado verbalmente por Abby Dubois na frente de toda a equipe é... "Interessante". Claire não conseguiu conter uma risada curta, levando a mão à boca em uma tentativa inútil de escondê-la. Era raro Vincent baixar a guarda daquele jeito, e ela achou a situação divertida demais para não gostar.— Para ser justa. — Disse ela, recuperando um pouco a compostura, mas com um brilho travesso nos olhos. —Foi impressionante. Ela não apenas te colocou no seu devido lugar, como fez isso com estilo. Foi incrível, ela é incrível. — Claire voltou o olhar para o tablet, digitando rapidamente, mas não sem antes acrescentar um sussurro claramente feito para ele ouvir. — Além disso, acho qu

Capítulo 111. Qual foi o mal que eu fiz?Enquanto dirigia, Abby sentia o olhar inquisitivo de Leana do banco do passageiro, uma mistura de curiosidade e leve preocupação refletida em seus olhos verde-esmeralda. Era como se sua filhinha pudesse sentir as emoções que Abby tentava desesperadamente esconder sob uma fachada de calma.Então, Leana finalmente quebrou o silêncio com sua voz doce e direta, como só ela conseguia. — Mamãe, por que você não me deixou conversar mais com o tio Vincent? Ele sempre sorri para mim tão lindamente, e nós brincamos muito outro dia. — A inocência nas palavras dela foi como uma flecha disparada direto no peito da Abby, cravando-se no lugar onde ela guardava seus maiores medos e segredos.Abby sentiu um peso se instalar no peito, esmagando-a com a força da verdade que ela não conseguia dizer. Seus dedos apertaram o volante, as unhas cravaram-se levemente na pele enquanto um leve tremor tomava conta de suas mãos. Ela engoliu em seco, buscando uma resposta q

Capítulo 113. Te amo.A leve escuridão do quarto parecia uma cúmplice silenciosa, quebrada apenas pelo brilho das velas que lançavam sombras inquietas nas paredes. O ar era denso, carregado de calor e algo mais profundo, um amor que parecia envolver cada canto.Abby estava deitada na cama, sua pele nua roçando os lençóis de algodão, macia, mas incapaz de competir com as mãos do seu homem, que se moviam sobre ela com uma precisão que beirava a reverência.Cada carícia era uma linguagem silenciosa, uma conversa entre pele e pele. Os dedos dele exploravam suas curvas com uma mistura de fome e devoção, como se quisesse memorizá-la, como se cada toque fosse uma tentativa de imortalizar aquele momento em sua mente.Abby arqueou as costas involuntariamente, sentindo seu corpo responder diante de sua mente, entregando-se ao prazer sem reservas, sem limitações.O gemido que escapou de seus lábios foi baixo, quase tímido no início, mas permeado por uma honestidade que o tornava ainda mais poder

Capítulo 114. O que você fez com a minha noiva?A manhã amanheceu sob um céu cinzento que parecia prenunciar algo mais do que apenas um dia nublado.Dentro do veículo, a atmosfera estava imersa em um silêncio pesado e incomum, como se cada palavra não dita se acumulasse entre eles.No seu assento, Leana brincava distraidamente com uma boneca, movendo-a de um lado para o outro enquanto cantarolava docemente uma cantiga de ninar, completamente alheia à tensão que preenchia o espaço.Bastián, com as mãos firmemente agarradas ao volante, lançou olhares rápidos para Abby, que estava perdida em seus próprios pensamentos, com o olhar fixo na janela.A luz fraca do dia acentuava as leves olheiras de Abby, um detalhe que Bastián não pôde deixar de notar desde o primeiro segundo em que a viu naquela manhã. Ele conhecia cada expressão, cada nuance de seu rosto e, naquele momento, a rigidez de sua postura e o cansaço óbvio lhe gritavam que algo não estava certo.O silêncio no carro era quase ensu

Capítulo 116. Deixe tudo sair.O estacionamento subterrâneo estava quase completamente silencioso, exceto pelo eco dos passos de Abby, Bastián e Leana, que ressoavam levemente contra as paredes de concreto.Abby caminhava com a bolsa pendurada no ombro, seus pensamentos ocupados por um emaranhado de pendências e detalhes a serem resolvidos antes do lançamento. Ela sentia o peso da responsabilidade sobre seus ombros e, embora tentasse manter a calma, sua mente continuava repassando cada tarefa pendente.Quando chegaram ao elevador e as portas de metal se abriram com um leve ruído, Abby se virou para Bastián, encontrando seu olhar com um gesto que refletia tanto cansaço quanto confiança.— Leve a Leana para a creche, ok? — Ela pede, num tom amigável, mas com aquela urgência que só quem tem muita coisa na cabeça consegue expressar.Antes que Bastián pudesse responder, Leana, com sua vozinha cheia de determinação, protestou imediatamente.— Mas eu quero ficar com meu papai! — Ela exclamou