Axel   Quando voltamos do exame de paternidade, encontrei meus avós prontos para voltar ao Brasil. Segundo Leonel, Anton e Aaron precisavam mais do seu pulso firme do que eu naquele momento. Foi o que ele disse ou, ao menos, o que deixou subentendido.Com sua partida, o ar da mansão pareceu mudar. Ficou mais leve, mais silencioso. Como se todos, inclusive eu, finalmente pudessem respirar. Leonel tinha esse efeito: era uma presença magnética, admirável, mas sempre exigente. Nos fazia andar na linha, mesmo quando não dizia uma palavra. E, no caso de Kimberly, parecia tê-la empurrado para o quarto e uma porta trancada.Ela não saiu do quarto desde que chegamos da clínica na tarde anterior. Eu me peguei algumas vezes parado diante da p

Axel Minha mandíbula travou. Um alerta instintivo soou dentro de mim, feroz. O jeito que ele olhava para ela... não era profissional. Nem um pouco.— Seu chefe é casado? — disparei, tentando manter o tom neutro, mas minha voz saiu mais ríspida do que eu queria.Kimberly virou-se para mim, surpresa.— O quê?— Responde, por favor. — Meu olhar estava cravado no dela. — Ele é casado?Ela olhou para mim como se eu tivesse enlouquecido, mas respondeu.  — Não... é solteiro. — Ela respondeu, franzindo o cenho, como s