TAMARA Os braços que me tiraram daquele caos ainda me rodeavam. Ele estava me levando para longe. Longe daquele caos, longe da minha mãe, longe daquela casa que mesmo depois de anos, ainda me fazia lembrar e reviver o luto do meu irmão dia após dia, remoendo o fato de que ele não voltaria mais. Meu coração ainda batia fortemente em um ritmo descompassado; me trazendo a sensação de que meu peito poderia se rasgar ao meio a qualquer momento. E mesmo indo para longe de tudo aquilo, eu ainda me sentia sufocada; como se alguém quisesse me fazer suplicar pelo ar que me faltava... — Calma, porra! — ele me apertou, descendo o beco estreito com pressa, enquanto me carregava em seus braços... — Respira! Eu vou te tirar daqui. — suspirou, me encarando por um segundo. — Eu não vou conseguir... — minha voz saiu arrastada, a respiração ainda ofegante. Eu odiava essa sensação, e odiava ainda mais não consegui deixá—la ir embora sozinha — me ajuda, por favor! Meu pedido soou como súplica, mas
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