No hotel.No quarto de Ricardo.Amadeu estava relatando a situação de Gustavo:— Ao saber que o Délcio foi enviado para o exterior durante a noite, Gustavo ficou furioso e disse que iria prender a esposa e a filha do Délcio. No entanto, Délcio já havia enviado sua esposa e filha para fora do país, então o Gustavo provavelmente vai acabar ficando de mãos vazias.Enquanto falava, Amadeu não pôde deixar de rir.Ricardo o olhou de soslaio, sem expressão:— Já terminou?— Ainda não.— Então fale logo.— Sr. Ricardo, por que a pressa?Amadeu estava bem mais corajoso. Ele sabia que, embora Ricardo ainda fosse frio como antes, já não era mais tão impiedoso. Agora ele era uma pessoa de verdade.Então, às vezes, Amadeu se atrevia a brincar com Ricardo.— Se você não sair logo, a Vivi vai voltar.Amadeu, percebendo tardiamente:— Você tem medo que a Sra. Barros me veja?— Sim. — Ricardo disse enquanto folheava a revista em suas mãos.Amadeu comentou:— Sr. Ricardo, o Igor pode ver a Sra. Barros,

Viviane sentiu os cantos da boca se contorcerem.Aquele homem era um pouco diferente do que ela tinha imaginado.Ao ver que Viviane não demonstrava nenhuma expressão estranha, Ricardo finalmente dirigiu seu olhar para Amadeu.— Amadeu, meu assistente.Sabendo exatamente no que Viviane estava pensando, Ricardo prontamente tentou conter suas ideias desenfreadas.Viviane deu um sorriso sem graça:— Ah, então é um assistente.Ela levou um susto.Amadeu olhou para Viviane, incapaz de conter os sentimentos reprimidos em seu coração, e segurou a mão dela, com lágrimas de emoção nos olhos.Viviane olhou para Ricardo, extremamente confusa.As sobrancelhas de Ricardo estavam tão franzidas que quase formavam uma linha reta.Amadeu, no entanto, não notou nada disso; naquele momento, além de gratidão, ele também sentia a emoção de reencontrar uma velha amiga.Ricardo pressionou a testa, sabendo que Amadeu agiria dessa maneira, por isso não queria que ele se encontrasse com Viviane.Depois de um tem

Clara ficou perplexa ao ver quem estava ali: Rosa, a pessoa que sempre esteve ao lado de Viviane!Sua mente ficou confusa de imediato."Como pode ser? A Rosa é a filha da família Machado."Ela olhou novamente para a mãe de Duarte, que sorria com grande expectativa, e sentiu um alerta soar desesperadamente em seu coração.No passado, Nicole, sabendo que ela também gostava de Vitor, nunca concordou com o casamento dela com alguém da família Machado. Agora, depois de tanto esforço para finalmente ver Nicole morta, apareceu alguém ainda mais temível.Uma filha que estava desaparecida por mais de vinte anos.Se podia imaginar o valor que Rosa teria nos olhos dos pais de Duarte. Se ela retornasse, Clara ainda sonhar em se casar com Duarte seria pura fantasia.Respirando fundo, Clara conseguiu se acalmar lentamente e sorriu para Duarte:— Querido, você não tinha algo a dizer ao tio e à tia? Aproveito para ficar aqui estudando os gostos da minha irmã, para ver como posso me aproximar dela...D

Aquela voz era realmente inconfundível. Não deu outra: na próxima fração de segundo, a porta se abriu, revelando o rosto de Isabela a todos os presentes. Ao ver Rosa, seu rosto se iluminou de alegria e, apontando para ela, exclamou:— Vejam só, aquela sentada no lugar principal é minha filha!O gerente olhou para Rosa, e ao notar sua expressão, começou a entender a situação. Imediatamente disse:— Desculpe-nos, senhora. Não sabíamos que essa mulher era sua mãe.Rosa se levantou lentamente, se sentindo impotente e humilhada. Pensou que, após o último incidente, Isabela teria voltado para a sua cidade natal. Para sua surpresa, Isabela não só não tinha ido embora, como havia piorado e a seguido até aqui.Viviane, que já conhecia as artimanhas de Isabela, franziu a testa ao vê-la e disse:— Acho melhor chamarmos a segurança para levar essa senhora embora. Para lidar com esse tipo de confusão, devemos usar métodos mais drásticos.Rosa lançou um olhar para sua mãe. Afinal, ela era a mulher

— Isso é estranho. — Disse Viviane. — Se não há ninguém na sua família que estudou direito, quem deu essa ideia de processar para sua mãe?Embora estivessem na era da informação, e a geração mais velha, depois de aprender a usar o celular, estivesse constantemente bombardeada de informações, processar alguém ainda era algo distante para a maioria das pessoas. Normalmente, as questões eram resolvidas de forma privada, raramente chegando ao ponto de um processo judicial. Além disso, o jeito orgulhoso de Isabela parecia indicar que o juiz já havia decidido a seu favor, concedendo-lhe um milhão de reais. Por isso Viviane fez essa pergunta.Rosa franziu as sobrancelhas, pensou por um momento, mas acabou balançando a cabeça:— A maioria das pessoas na minha família parou de estudar após o ensino fundamental. Mesmo aqueles que conseguiram terminar o ensino médio, raramente passaram no vestibular. A maioria trabalha para os outros ou tem negócios próprios, mas advogado, realmente não temos n