Capítulo 10Heloisa narrandoEu estava esperando pelo resultado do exame, eu respiro fundo quando Rk entra pela porta de casa.— Você está ai – ele fala entrando – onde você estava hoje?— Estava no médico.— Fazendo o que? – ele pergunta— Rotina – eu respondo – mas quero conversar com você.— Sobre o que?— Porque está ameaçando a médica?— Samanta? – ele pergunta e ele abre um sorriso – ela já foi te contar algo.— A gente tomou café juntas e ela me disse.— Então ai tem, posso desconfiar com razão.— Naõ mesmo – eu falo e ele me encara – Samanta é uma ótima medica e eu trouxe ela aqui para cuidar da Amanda, porque ela é a melhor para fazer isso.— Você não acha estranho Heloisa? – ele pergunta— Estranho o que Henrique? – eu questiono— Ela largar tudo para do nada vir parar aqui no morro da Rocinha? – Heloisa me encara— Eu só sei que você parece não ter mais nada para fazer na sua vida – eu respondo — Porque está tão extressada?— Nada – eu respondo – eu vou to

Ph narrandoQuando era meu dia de ronda na boca, que era dividido entre eu, Rk e nosso primo Mt que era o novo gerente da boca, Amanda dormia com Rk ou com a minha tia que tinha vindo morar para cá a um ano e pouco quando Mt se mudou para cá. Flavia a minha prima também me ajudava muito em relação a isso.Eu estava sentado na frente da boca conversando com Lk, que estava fumando um baseado.— Sente falta do morro? – eu pergunto— De está aqui 24h? – ele pergunta e eu assinto – confesso que sinto, mas eu escolhi ficar lá com a Leila e ela e as crianças me fazem bem, seria muito pedir a ela para se mudar para cá.— Ela não se acostumaria.— Não msmo – ele fala – mas eu gosto de morar onde moramos, está com ela.— Eu faria o mesmo pela Jéssica – eu falo e ele me encara— VocÊ sente falta dela, não é mesmo?— Diariamente – eu respondo – as vezes eu me pergunto, como seria com ela aqui?— Eu não sei te dizer como seria com ela aqui – ele fala – mas eu sei que ela tem orgulho do pai que voc

Heloisa narrandoEu tinha decidido que não contaria para Rk sobre a gravidez e que tomaria alguma decisão sobre ela, eu não sei se queria ter essa criança.Eu pego Amanda na consulta e levo ela para pracinha para brincar, eu empurro ela no balanço e depois ajudo ela a descer o escorregador, Ph se aproxima.— Já pode ser mãe Heloisa, será uma ótima mãe – ele fala— Que mãe? Quem vai ser mãe?— Calma – ele fala quando me ver responder ele muito nervosa – estava brincando.— Papai – Amanda fala abraçando eel— Meu amor – ele fala para ela — Samanta disse que ela desenvolveu muito bem as atividades – eu respondo – e estou vendo um grande desenvolvimento nela.— Ela está sim – ele responde – sua idéia foi muito boa.— Eu gosto da Samanta.— Eu também – Ph fala – por mais que tenha algumas coisas nela que me intrigue.— Está começando que nem o Rk? – eu pergunto— Não, não é isso – ele fala – deixa para lá, vamos para casa?— Vamos – Amanda fala— Você vai no baile? – eu pergunto— Baile?

Ph narrando— Nada do meu filho? – Mara fala entrando nervosa para dentro da boca junto da Flavia.— Ainda nada – eu respondo— O que fizeram com meu filho? Mataram ele? – ela começa a ficar nervosa.— Vamos encontrar ele – Carioca responde e a gente fica em silêncio.A gente não tinha descartado nada, Carioca voltou para o morro e estão todos em alerta, alguém tinha pego ele e o nosso x9 dentro da policia não sabe de nada nem mesmo Ynnaiana, isso estava começando a ficar sério e eu estou começando achar, que era um inimigo que a gente ainda naõ imagina quem é, alguém que quer dar o bote.— Isso só pode ser coisa da filha do supervisor – Rk fala – A Joana – Lk encara ele — Joana? – Lk pergunta— Ele está abismado nessa história – eu respondo. – pesquisando, pesquisando tudo sobre ela, encasquetado.— Só pode ser ela – ele afirma novamente.Rk narrandoO dia tinha amanhecido e a gente estava todos cansados e em alerta, e não tinha noticia nenhuma dele.— É melhor a gente ir descansar

Samanta narrandoEu desço do carro e entro pela porta, Mateus me encara.— Eu achei que não iria aparecer aqui em menos de uma semana – eu me sento na sua frente e abro uma garrafa de bebida – você acha que os seus problemas vão desaparecer após a bebida?— Não vão desaparecer, infelizmente – eu respondo – eu fui conversar com Rafael.— E? – ele pergunta — Eu lembro muito bem quem acendeu o fogo naquele galpão – eu olho para ele— Samanta – ele fala — Dói muito Mateus – eu falo chorando— Eu sei que doi – ele fala – mas, para que remoer isso anos depois?— Eu tenho pesadelo com aquela noite todos os dias – eu olho para ele – a minha vida toda.— Porque todos sempre te alimentaram aquela noite na sua cabeça – ele fala – me tira daqui, eu te ajudo.— Não – eu respondo – você vai estragar tudo.— E vai me manter aqui? – ele pergunta – Vai manter com Rafael na sua cabeça, eu iria matar ele e você não deixou.— Ele não me manipula mais, eu disse a ele, eu ameacei ele.— Rafael é perigoso