Os olhos claros. O cheiro dela em Alexandre naquela casa inteira. Ele não estava enlouquecendo. Sabia que a tinha visto, não podia ser uma mera ilusão quando sentira todos seus pelos se arrepiarem, era esse efeito que Amice o causava, o deixava tonto, louco, maluco, desnorteado, a desejando mais que sua vida, sempre fora assim e agora que havia provado de seu corpo, tomado de seu mel, e sentindo todos os toques que negou por anos, ele somente a queria de volta.E mais do que nunca, tinha fazia sentindo. Claro, Alexandre queria suas terras para ele não ter um motivo para voltar à cidade suja que deixou para trás. Amice o amava, mas porque estava casando com outro? Estava do lado de Alexandre agora, o ajudando a tirar suas terras, suas propriedades e ela própria? Ele confiou em Amice e não acreditaria em seus pensamentos até ter a certeza de que tudo era real. Encontraria Amice naquela casa nem que fosse a última coisa que fizesse naquele lugar. Ouviria de sua boca cada detalhe daquela c

Alexandre sentou mais a frente, e uma pequena música começou a tocar no fundo. Amice apenas sorriu, estava tudo muito bonito, tudo muito romântico, tudo muito perfeito. Estava completamente maravilhoso. Seus olhos podiam até se encher de lágrimas pela emoção. Talvez o maior desejo de uma mulher é ser pedida em casamento daquela forma, com luzes lindas, o vestido perfeito, um homem maravilhoso a sua frente depois de um incrível jantar e dançar um pouco, mas... O sorriso que lançava ao Lorde, não era totalmente verdadeiro.Sentia-se mal por não conseguir corresponder um pouco do seu amor, mas o coração que batia dentro do peito, escolheu um homem muito antes de conhecer seu Lorde. Jamais voltaria atrás, mesmo querendo.O vinho também estava perfeito e quanto mais o tempo passava, mas ela lutava contra tudo em seu coração. Suas pernas começaram a tremer, suas mãos a soarem, ela estava desesperada. Porque não esperar até Jasper sair da cidade para pedi-la em casamento? Tudo isso seria porq

Amice colocou as mãos em sua boca, assustada, surpresa... Como ele sabia onde encontrá-la? Porque a esperava? Porque estava parado feito um bobo no meio da chuva em frente à sacada do quarto principal daquela mansão? Onde estavam os guardas? Porque não o pegaram?Amice fazia inúmeras perguntas até esquecer-se de todas elas, e focar naquela imagem. Os cabelos negros e longos estavam balançando com o vento frio, seu manto da mesma cor por cima da bunda do cavalo. Com o balançar, podia ver que o mesmo usava uma blusa branca por baixo de manga comprida, calças azuis e botas negras. Seu rosto estava sério, e mesmo não estando com ele durante todos os anos que passaram, Amice sabia que a raiva estava presente naquele ser humano de corpo perfeito e com o físico de deixar toda e qualquer mulher enlouquecida. Somente com um olhar, ele acabava com a consciência, acabava com tudo dentro dela, tornando-a uma pessoa perversa, maliciosa, depravada. Ele exalava sexo, e ela queria sexo, desejava isso.

— Eu... Só queria poder ver você mais uma vez. – Começou, juntando suas mãos e levando os dedos com atenção para onde o anel se encontrava. — Eu desejava te ver, eu queria te olhar, te amar, saber que ainda estava vivo no mundo. Eu sei que errei, e errei muito, mas fiz tudo porque sonhava em vê-lo mais uma única vez. Isso era mais forte, é mais forte que qualquer outra coisa dentro de mim. – Jasper abaixou os olhos, mas logo os ergueu Amice tirou o anel de seu dedo e encarou a jóia tão bonita quanto ela mesma. — Eu não fui uma boa menina, como prometi que seria. – Deixou a jóia cair sob seus pés. E Jasper assistiu tudo com gosto. — Lorde Alexandre sempre foi apaixonado por mim, e nunca se contentou apenas com noites inteiras. Ele me queria e esse era seu maior desejo. Eu disse que amava outra pessoa, que amo outra pessoa, e daria tudo para vê-la novamente. Um sorriso triste veio de seus lábios, e na outra vez que estive em sua cama, ele disse a mim, que eu podia pedir qualquer coisa, e

Amice Elizabeth, a falsa lady que ele queria tornar rainha e o centro do seu mundo valia tudo aquilo? Todo aquele sofrimento que sentia dentro do peito, a dor de ser rejeitado e largado em cima de uma cama antes do sol raiar, valia mesmo a pena esperar para vê-la chegar e perdoa suas palavras sem nem mesmo ouvi-las? Suspirou erguendo o copo vazio novamente e na mesma hora pode ouvir os passos da criada que ficou em seu quarto para servi-lo. Ele nunca foi um homem de muitos empregados, gostava deles de certa forma, afinal, seus pais por muitas vezes o obriga não apenas a se vestir como um como também fazer seu trabalho, dos que limpam os banheiros até aqueles que servem e matam o inimigo.A mulher se aproximou novamente e Alexandre ergueu os olhos para ela, era a mesma de uma noite atrás, a que viu tirar a roupa e entrar na banheira com Amice. Estava com um sorriso nos lábios, o cabelo amarrado para trás em um coque bonito e charmoso, igual ao de Amice. O vestido ainda era branco e um p