Matteo irrompe no quarto, sua presença é como uma tempestade repentina. Ele me examina de cima a baixo, seus olhos percorrendo cada detalhe, cada contusão que não está apenas na pele, mas também na alma.— Você está bem? — ele pergunta, sua voz carregada de preocupação. — Eu estava passando e ouvi o tapa que ele te deu.Apenas balanço a cabeça, incapaz de formular palavras, cada uma delas parece ter sido roubada pelo impacto da mão de Enrico.— Nina, isso não tá certo, saia dessa casa, você não é obrigada a ficar aqui, vai na polícia, — Matteo insiste, sua fala é firme, um farol na escuridão que me envolve.— Já tentei, Matteo, nada deu certo. Ele não me dá o divórcio, ainda insiste que quer um filho, eu não sei o que fazer, — confesso, minha voz um sussurro trêmulo.Matteo se aproxima, sua mão encontra a minha, um gesto de apoio que me faz sentir menos fragmentada. Ele não tem todas as respostas, mas sua presença é um lembrete de que ainda há bondade no mundo, e talvez, apenas talvez
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