Beatriz Não consegui dormir nada essa noite. Nem o remédio que tomei fez efeito, devo ter cochilado por, no máximo, uma hora. Levantei-me e fui até o banheiro fazer minha higiene pessoal. Tomei um banho rápido e vesti algo leve: uma regata branca, um shorts de malha azul e meu tênis de corrida. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo. Quando conferi o relógio, eram exatamente seis da manhã. Fui para a cozinha, preparei um café forte e levei a xícara aos lábios. No segundo gole, meus olhos encontraram os dele. Ele vinha da sacada, caminhando em minha direção, com o semblante cansado. Ouço dizer que ele dormiu na rede… e pelos olhos dele, abatidos, tristes como os meus, dava para imaginar que não dormiu quase nada. Disse apenas que iria tomar banho e depois sair. Assenti e bebi mais um pouco do café, deixando a xícara sobre a bancada que divide a cozinha da sala. Fiquei ali, em silêncio, presa aos meus próprios pensamentos. Apesar de hoje termos dinheiro, crescemos na simplicidade. Nun
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