Capitulo 6

Eu que estudava, e gostava de jogar vôlei com as minhas colegas de aula, e suava muito. E quando chegava em casa ia direto para o chuveiro. Me sentia livre sozinha em casa, porque a minha mãe estava sempre trabalhando. Ou estava lavando roupas no tanque porque naquela época não havia máquina de lavar, e meu irmão quase todo dia na casa dos amiguinhos jogando futebol. Vanessa tossiu... E um dia destes fui surpreendida! 

       — Como assim? Perguntou Cristóvão Cruz.

       — Eu nua achando que estava sozinha em casa, e quando fui abrir a cortina do chuveiro estava lá o meu padrasto tomando banho, imagina a

cena?

         — O que foi que aconteceu? 

          — Ele nu tomando banho, eu vendo aquele corpo musculoso moreno alto forte, naquele momento sem saber por que senti um louco desejo, eu era uma mocinha com doze anos, tinha um corpo de mulher cheia de vida, e saúde embora sendo ainda virgem, mas ao ver aquele corpo aquilo não saiu da minha cabeça. Ele também foi surpreendido ao me ver quase nua, uma mulher enrolada numa toalha, ficou olhando pras minhas pernas de fora da toalha que cobria do joelho pra cima até os meus seios, e ficamos conversando se desculpando pelo incidente.  

        — Perdoe-me, achei que não havia ninguém  tomando banho? 

         — Eu é que peço desculpas! 

         — Ele ficou pálido vendo aquela linda mulher jovem quase nua na frente, e vendo os meus seios fartos, e lindas pernas enrolada numa toalha, aquela que ele criou como filha, e que cresceu e não percebeu, fiquei confusa e perturbada quando vi o pênis dele ereto.

Levei um susto e sai correndo, nunca tinha visto aquilo, me fechei no quarto com muita vergonha, na hora  do jantar ele veio. Chamar-me, eu disse que não estava me sentindo bem. 

Passei a noite com aquilo na minha cabeça, no dia seguinte levantei para tomar café, todos na mesa e eu sem saber o que fazer, fiquei embaraçada quando olhava pro meu padrasto, que me  perguntou: 

        — Dormiu bem filha? 

        — Dormi, sim senhor! 

Falando de cabeça baixa com vergonha de olhar pra ele. 

        — Depois de termos tomado café, cada um foi para seus afazeres, meu padrasto foi para o laboratório, minha mãe cuidar da casa como sempre, e meu irmão Lucas foi brincar com seus amiguinhos. E eu fui visitar a minha prima Renata.

Nós éramos muito amigas e cúmplice, é claro, que não contei o que havia acontecido comigo em relação ao meu padrasto.

Aquela cena não saia da minha cabeça, toda vez que eu lembrava ficava  excitada, pensava naquele corpo moreno, fiquei seduzida. Os dias passavam, e eu não conseguia tirar da minha mente que se tornou uma obsessão.

        — O que você está querendo dizer? Perguntou Cristóvão Cruz. 

        — Coloquei na minha cabeça, que ele tinha que ser meu primeiro homem para minha experiência sexual. Só assim eu ia me curar daquela obsessão, antes que eu enlouquecesse de vez, eu precisava ter aquele homem a qualquer preço. 

        — Você não pensou que era errado seduzir seu padrasto marido de sua mãe? 

        — É claro, que pensei, coloquei na minha cabeça que era errado, fiz de tudo pra me convencer, foi mais forte do que eu, toda vez que ele se  aproximava minhas pernas tremiam, meu corpo suava, a minha vida estava um verdadeiro inferno com aquele louco desejo por aquele homem proibido.

Quanto mais eu lutava, mais aumentava minha obsessão em ter ele pelo menos uma noite, pensei comigo mesma, se eu passasse uma noite só, descobriria que não passava de um capricho meu. Ou quem sabe uma simples dor de cabeça de uma jovem rebelde como eu? Me deixei levar pelo fato de eu ser rebelde e obsessiva. Eu já não era mais aquela jovem alegre que jogava vôlei com as minhas colegas. 

      — O que você fez? 

      — Bom... Mais uma pausa, eu estava ultrapassando todos os limites, quando ouvia os gemidos de prazer entre ele e a minha mãe, eu ficava louca de ciúmes. A vontade que eu tinha era invadir o quarto deles e gritar: "parem com essa sem-vergonhice". Seria ridículo, se eu fizesse aquilo, não tinha este direito.

Mas como eu estava dizendo: era uma tortura pra mim. Atormentada pelo louco desejo por ele, e inveja da minha própria mãe. Pode uma coisa dessa?

Embora ela não sendo feia, mas eu achava que meu padrasto era bonito demais pra ela, achava que ele merecia uma mulher mais jovem assim como eu! É claro, que a minha mãe era descuidada com a beleza, e só se preocupava com serviços domésticos, sempre lavando roupas no tanque. A preocupação dela era cuidar da casa. 

Imagina Doutor, que sentimento ruim que eu sentia por causa daquela obsessão, há que ponto eu cheguei? Dominada pela obsessão doentia, perdi o controle, sendo um homem honesto sem vícios trabalhador, fiel, a minha mãe, e bom pai pra mim, e pro meu irmão.

Atencioso com toda a família, perfeito como  homem, e como pai. Embora não sendo meu pai biológico, e isso foi pior em pensar que não era meu pai biológico. Talvez fosse esta razão de sentir tanto desejo por ele, não achava normal sentir aquela louca paixão, e doía muito dentro de mim.

A vontade que eu tinha era de arrancar meu coração pra não sentir aquele sentimento proibido por um homem que era marido da minha mãe, e pai do meu irmão?

Que pra mim foi tudo, bom pai, bom amigo, tinha paciência em me fazer dormir e contar histórias infantis, e apagava as luzes do meu quarto. A maneira como era carinhoso com a minha  mãe, além de bonito, é claro! 

Eu tinha plena consciência de que eu estava errada, pensei em sair de casa, mas pra onde? Quantas vezes questionei-me. E me condenei a mim mesma.

O que mais me deixava furiosa era porque no colégio onde eu estudava, era líder do time de vôlei, todos me admiravam pela minha forte personalidade, pra dizer a verdade.

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