O Noivo da mãe
O Noivo da mãe
Por: Dado Martins
O plano

Fabiane tirou a calcinha e jogou na cama. Aquele vestido não pedia uma calcinha.

Ele se moldava sob seu corpo delgado dando aparência sexy e arrebatadora.

Até a data de hoje ela havia ficado calada, vendo as loucuras e maldades da mãe.

Dessa vez ela veria quem era Fabiane e que também sabia chamar atenção quando queria. Não gostava de escândalos, porém seria isso que ela faria na festa de cinquenta e cinco anos de sua mãe.

Elas nunca tiveram bom relacionamento e nunca ligou em não ser convidada para nenhuma de suas festas fúteis, mas naquela ela queria ir!

Ahh como queria!

Dez anos haviam se passado sem que elas tivessem algum tipo de contato físico. Ela não se importava e tinha certeza que a mãe também. Dez longos anos!

Olhou sua imagem no espelho e fez uma leve careta.

Ela era muito parecida com sua mãe.

A beleza era idêntica.

E por muitos anos ela odiava olhar-se no espelho e ver a imagem daquela mulher que sempre a tratou com desprezo.

Ela sempre havia sido humilhada e desprezada pela mãe. Durante anos Marlene Costa havia feito piadas de sua aparência, voz ou qualquer coisa que fazia, ela não cansava em ridicularizá-la na primeira oportunidade.

Fabiane possuía a beleza da mãe, mas o temperamento do pai. Um escritor calmo que havia se divorciado após várias traições. Um homem culto e inteligente, porém fora manipulado pela mulher durante anos.

Após a separação ele havia comprado uma casa no sul da Itália e desde então eles se encontravam duas a três vezes durante o ano. Ela amava o pai. Não entendia como um homem igual a ele havia conseguido viver com aquela mulher tão egoísta e má.

Um verdadeiro inferno conviver com Marlene Costa, com seu ego inflamado, sua altivez e maldade.

Foi o pai que lhe contou que a casa que um dia fora deles, aonde ela cresceu e teve sua infância e adolescência havia sido vendida pela mãe. Ele havia assinado documentos abrindo mão da casa e dando a bela propriedade que seria herança para Fabiane para Marlene. E por mais que ele havia suplicado que ela devolvesse, sua mãe havia se negado e posto a mesma a venda. Fabiane estava possessa, pois aquela casa era seu sonho. Ela planejara mudar-se, assim que terminasse seu doutorado. Mas seus planos foram interrompidos pela ambição de sua mãe e claro, ela nunca poderia aceitar que a filha herdasse alguma coisa e ela ficasse de fora. A mãe sabia que a casa era importante para ela. Ela amava aquela casa e sempre sonhou em construir uma linda família ali, família, aliás, bem diferente da dela. Um lar com amor, onde seus filhos teriam sua atenção e carinho. Ela contaria lindas histórias, faria bolos e doces deliciosos e esconderia os brinquedos na época de Natal, igual sempre sonhou, mas nunca teve, pois sua mãe achava todas aquelas datas detestáveis. Marlene nunca aceitou que a filha herdasse a propriedade sozinha. Aliás, tudo que a filha ganhava, ela fazia de tudo para ter algo igual, ou melhor.

Fabiane balançou a cabeça irritada! Como o pai pode ter assinado papeis tão importante? Ele havia ficado tão chateado e envergonhado que só havia contado para ela o que havia acontecido duas noites atrás.

Ele não contou, mas ela sabia que a mãe devia ter feito algum jogo de sedução para fazê-lo dar a propriedade assim, de mãos beijadas.

Por isso decidiu ir à festa e confrontá-la.

Se a mãe a humilhasse, como estava acostumada a fazer iria enfrentá-la. A menina boba que corria e se escondia em seu quarto não existia mais. A menina que chorava tentando entender o porquê de tanto ódio e desprezo havia crescido e se tornado uma mulher independente e disposta a tudo.

E também queria conhecer seu novo namorado.

Ou melhor: Noivo!

A mãe estava noiva de um homem vinte anos mais novo que ela.

Marlene adorava rapazes mais novos! Era mentira! Ela adorava ser centro das atenções, e não se importava se os homens eram casados, novos ou velhos.

Sempre havia sido assim.

Seus namorados ficavam encantados com o corpo escultural de sua mãe. Comparava sua mãe a ela e isso a deixava louca de raiva.

Ela era engraçada e encantadora e adorava roubar a cena, principalmente quando os amigos da filha era a platéia. Ninguém acreditava que aquela mulher sorridente, bem humorada em casa era fria, calculista e extremamente cruel.

Seus amigos diziam que ela sentia ciúmes da mãe e era impossível faze-los acreditar nela.

Fabiane sentia-se impotente e preferia não levar mais seus amigos para sua casa.

O tempo ia passando e cada vez mais a beleza dela ia sobressaindo, seu corpo tomava formas e as pessoas, principalmente os rapazes ficavam também impressionados com sua beleza.

E Marlene sabia que a filha ganhava esses atributos, por isso não suportava viver com alguém que pudesse ofuscá-la.

Típica mãe narcisista!

Desde pequena Fabiane convivia com a mãe querendo chamar atenção de todos a sua volta, competindo com a filha em tudo. Sempre querendo prová-la que ainda continuava bela e desejada. Tudo que Fabiane fazia era motivo para deboche e provocação. Nada que ela fazia era bom suficiente para a mãe. E quando ela a confrontava sua mãe a esbofeteava, e depois chorava, dizendo que Fabiane que havia provocado. Colocava-se como vítima, como a mãe incompreendida e então todos se voltavam contra ela. Normalmente as brigas acabavam com Fabiane gritando e a mãe chorando se fazendo de coitadinha.

- Que se dane Marlene! – Disse dando retoque final na maquiagem.

Naquela noite ela faria da festa da mãe um inferno.

Iria flertar com seu noivo, assim como ela fazia com os seus namorados.

Iria dançar e chamar a atenção de todos na festa!

Iria mostrar que era a filha desprezada que poucos conheciam!

Ah se ia...

A mãe podia ser bela, mas ela faria de tudo para que ela não fosse o centro da atenção justamente no seu aniversario!

Viu sua imagem no espelho:

O vestido preto deslizava por seu corpo, mostrando sutilmente suas curvas.

Suas pernas ficavam à mostra devido a abertura até a coxa.

Seus seios ficavam emoldurados sob o fino tecido.

Ela estava gostosa, sabia disso!

As sandálias davam o toque final sexy que precisava.

Escovou os cabelos negros até que ficassem brilhosos caindo no ombro. Havia dado corte neles naquela semana no intuito de ir à festa. Olhos verdes e cabelos negros!

Essa era sua marca!

Pegou sua bolsa e saiu. Voltou correndo pegando a calcinha em cima da cama e a guardando na bolsa.

Covarde, pensou ela sorrindo.

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