Gangorra

“NÃO há nada de bonito na queda. Não há nada de bonito na mentira. Não há nada de bonito em existir numa vida que mais parece um monólogo entediante sem ambiguidade. Eu sei, nada disso faz sentido. Mas quem disse que precisa haver um sentido para tudo? Às vezes as coisas simplesmente são. A vida simplesmente é.” 

Soltei a caneta sobre a página recém-escrita, fechei o meu caderno dos medos e o guardei na primeira gaveta do guarda-roupa. 

Nas últimas semanas eu o tinha preenchido com pensamentos desconexos e memórias que supostamente tinha vivido com a minha mãe. Silvia dormindo comigo, Silvia contando histórias para mim, Silvia dizendo que me amava... Acontecimentos de minha primeira infância que não tenho certeza se inventei ou se relembrei devido a sua proximidade depois de anos em que mal olhara para mim. 

Nossa relação não tinha mudado. Ela continuava fingindo que eu era apenas um móvel da casa. Mas a forma como cuidou de mim há algumas semanas... Foi como
Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo