De repente, como se uma nuvem atravessasse o ambiente, os ecos se arrebentassem e dissessem palavras frias, que cortam mais que objetos afiadas, um espírito fala:
- Nos entretenha, maldita! – disse uma voz amaldiçoada aparentemente poderosa. O som era tão inquietante que chegava a causar arrepios e medo profundo de morte. Não era possível ver nenhuma aparição, mas as cortinas balançavam como um vento colérico. E alguns objetos de vidro haviam se quebrado sozinhos com aquela força estupenda.
Aurora pressentia que aquele tinha cheiro de espírito irônico, fraco demais vencer as próprias tentações, mas poderoso o suficiente por poder fazer aquilo tudo contra ela. Era como um ser das trevas querendo habitar o local e torná-lo para si sua própria morada.
- Vá embora daqui! – gritava Aurora, amedrontada.
- Dê-me a sua alm