“Nós estamos aqui falando sob a atmosfera e a morte anda dançando nos nossos túmulos secretos da mente”.
“Hoje é uma sexta-feira de dezembro de 1896. Um ano após a morte de meu bebê e um ano e três meses após a do meu marido. Oh, como é dura a vida solitária de uma dama que todos os dias pela manhã se olha em seu espelho com certa angústia estampada no rosto por não poder voltar mais ao passado e relembrar os bons momentos de uma vida que já se foi. Meu marido faleceu porque se viciara num veneno mortal: o ópio. Minha criança faleceu de uma doença misteriosa, três semanas após seu nascimento”.
Aurora encarava seu próprio reflexo, na superfície de seu espelho oval emoldurado. Ela sentia a solidão por não ter por perto as pessoas que