Capitulo 4: Yulla

Fora uma noite de clima agradável e Yulla conseguira ter uma considerativa boa noite de sono, apesar da fraqueza por ter perdido muito sangue e as pequenas pontadas de dor que sentia do ferimento.

Mesmo com toda aquela complicação ela sentia algo diferente em seu ser. Talvez fosse um leve gosto de liberdade, ela não sabia dizer ao certo. Claro que ela lamentava a morte de seus guardas, do médico e das suas acompanhantes, mas ela sorriu ao perceber que ninguém mais estava com a obrigação de leva-la até o destino designado pelo seu pai. Era muito aliviante para ela.

Ela olhou ao redor, uma leve névoa cobria a estrada e a luz do amanhecer já surgia. Ela respirou fundo fechando os olhos, ah, a vida era tão preciosa para ela, gostaria que todos percebessem isso em seus próprios corações e mentes.

Quando abriu os olhos avistou Cam se aproximando dela na estrada. Ele havia se ausentado enquanto ela dormia? Ela se sentiu ultrajada.

– Como ousou se ausentar? Algo poderia ter me atacado. Você não deveria ter deixado a prin... – parou subitamente, talvez não fosse uma boa ideia revelar sua posição social àquele homem. E se ele a vendesse ou pior a levasse de volta ao seu pai? Era melhor manter segredo até saber quem ele realmente era. – Eu não me senti bem estando sozinha. – comentou sem encara-lo.

Cam riu.

– Você acordou agora. É melhor parar com essa frescura. Temos um longo percurso para fazer.

– Você quer que eu vá andando? Não sei se consigo, ainda estou muito fraca.

Ele jogou a mochila no chão.

– Eu prepararei algo que você possa comer e quanto ao seu ferimento... – ele se aproximou dela e ela institivamente se afastou dele até que topou na carruagem. Cam então retirou o pano do abdômen dela mesmo com seus protestos. Foi quando ela viu a verdade: estava quase completamente curado, só existia um pouco do ferimento e estava bem diminuta a vermelhidão. Yulla arregalou os olhos. Ele sorriu. – digamos que não vai se preocupar com seu ferimento.

– Como fez isso? – ela praticamente gritou quando repôs sua fala.

– Conhecimento. – ele falou apenas e se levantou para preparar um desjejum.

***

Uma hora depois e eles já estavam caminhando a passos lentos pela estrada. Yulla estava quase curada, mas ainda não podia se forçar muito.

Passaram um bom tempo em silêncio. Até que Yulla não aguentou mais aquele agonizante silêncio.

– Você disse que pessoas de uma aldeia qualquer iriam cuidar de mim.

– E iram, eu a deixarei sob os cuidados deles.

– E se eu não quiser ficar lá com eles? - falou empinando o nariz.

Ele olhou para ela de canto de olho e depois voltou a olhar pra frente.

– Nesse caso vai ser problema seu, você é livre para seguir o seu caminho, eu vou seguir o meu.

– E para onde você vai?

– Você não acha que faz perguntas demais?

– Estou tentando saber mais sobre com quem eu estou caminhando, eu nem sei seu nome.

– Cam.

Ela levantou uma das sobrancelhas.

– O que? - ele perguntou erguendo os ombros.

– Só Cam?

– É só o que você precisa saber.

– Você se faz de misterioso demais.

– Não sou misterioso, apenas discreto e essa sua conversa já me cansou.

Cam aumentou o passo. Não seria bonzinho com aquela garota, naquele instante ele sentiu que aquela era uma típica garota que se metia em muitos problema.

E ele nem sabia o quanto.

###

– Vocês foram uns incompetentes. – gritou a mulher quase arrancando os cabelos.

Os monstros deram passos para trás, assustados e arredios.

A loira respirou fundo, se sentou em seu trono negro novamente e olhou para eles com aqueles olhos azuis e frios fingindo ter uma calma infinita.

Ela sorriu de forma amável.

– Eu darei mais uma chance para vocês fazerem o que eu pedi. Somente mais uma. Rastreiem a garota e matem-na.

Eles correram para fora dali e em alguns segundos ela estava sozinha lá dentro.

–Yulla precisa morrer antes de cumprir a sua missão.

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