Capítulo 2

— Já esta na hora Lina, acorda!

Ouço o som da potente voz jovial de meu treinador, ele é bem jovem, mas ainda assim é sete anos mais velho do que eu, tem a pele bronzeada, cabelos castanhos escuros, olhos castanho mel com alguns traços verdes, físico não tão forte mas também não tão esguio, ou seja, ele tem tudo na medida certa, eu gosto muito dele, me sinto tão bem ao seu lado, ele é o único que não me destrata. Confesso, já me distrai bastante em meus treinos admirando sua incomum beleza.

—Lina, vamos!-suspira- Eu sei que você já estar acordada, anda logo não tenho tempo pra suas brincadeirinhas.

Como ta macio o local onde se encontra meu corpo em repouso, sem muita vontade, sem vontade nenhuma mesmo, forço-me a abrir meus olhos e sou contemplada com a largar costas de meu treinador e como sou atrevida acabo descendo meu olhar para sua bunda média e redonda, ai que vontade de aperta-la, apenas para averiguar se é tão durinha quanto parece, nada demais.

Acabo mordendo meu lábio inferior com essa vontade.

—Vejo que já esta muito bem recuperada srta. Lina.-Vira-se de frente para mim.

Nada o respondo, não sei como ele sabe, pois da minha boca nunca ouviu nada, que admiro sua beleza e que já cheguei a baba pela mesma. Coisas triviais de uma adolescente.

Deve ser por isso que ele sabe, pois no meu primeiro dia indo conhecer a academia onde iria treinar eu literalmente babei quando o vi pela primeira vez encostado em sua moto preta com o capacete na mão, nem se quer passou por minha cabeça que ele seria meu instrutor, enfim, ele me viu e sorriu de lado, fazendo minhas bochechas esquentarem e eu ao abaixar minha cabeça a baba rolou boca abaixo me fazendo sentir ainda mais vergonha.

—Estranho, já tem uns cinco minutos acordada e até agora não pronunciou nenhuma palavra. --Diz se aproximando.

—Nada demais só estou sem assunto.

—Taí uma coisa incomum de se ver. -Sorrir de lado, e eu olho pro algum lugar que não seja ele pra não baba como da primeira vez.

—É...

—Vamos eu te ajudo a se levantar.

—Posso levantar sozinha.

Tento sair da cama e uma dor extremamente forte junto com som de ossos se chocando se faz presente me fazendo gritar e deitar novamente na cama. 

Não entendo, por que estou sentindo essas dores horríveis?

Olho pro meu treinador e ele percebe minha confusão, mas, em vez dele me explicar o que estar acontecendo ele me dar as costas e pega seu celular do bolso de trás de sua bermuda branca e liga pra alguém.

—Ela não poderá ir está muito machucada... Também acho que essa seja a melhor solução... Okay aguardamos pelo senhor. 

Finaliza e volta a olhar em minha direção, não me diz nada apenas senta em uma poltrona de cor creme junta a uma pequena janela aberta pra ventilar o quarto, e finalmente eu presto atenção aonde eu estou; estou em um quarto usado por curandeiras pra cuidar dos feridos e doentes.

O que aconteceu? Por que eu estou aqui?

Ouço o rangido da pesada porta de madeira velha se abrindo e o beta do supremo alpha, o qual eu não tive o desprazer de conhecer pessoalmente, Albert Lins aparece em seu perfeito e alinhado terno preto com gravata cinza.

—Bom dia treinador Martins, srta. Sorvatorres.- Fala todo elegante.

—Bom dia, senhor beta Albert-O cumprimentamos juntos.

—Creio que já esta ciente do porque de minha visita certo srta. Sorvatorres?

—Não.

—Não? O senhor não a avisou treinador?-Olha feio pra meu treinador.

—Não, quando ela acordou estava confusa e eu não falei.

—Okay, mas que isso não se repita, quando dou uma ordem a não ser que o supremo a revogue terá que ser comprida entendeu treinador?

Ah! Eu esqueci de menciona o quanto esse beta do supremo é arrogante e nariz em pé, que se acha a última coca do deserto e que só enxergar os outros como meros ômegas que só servem pra servir os alphas, ou como preferem ser mais humildes sendo chamados de sangue azul. Se o beta é assim, não quero nem imaginar como o supremo alpha deve ser, pois se um subordinado se acha melhor que todos os outros, imagina o todo poderoso Supremo Alpha.

—S.sim.. - Fala segurando a raiva.

—Voltado, eu vim aqui para ver de perto a criança que conseguiu sair viva da floresta sombria onde a entrada é proibida- Fala como se... Eu nem sei o que mas é algo ruim- Como conseguiu srta. Sorvatorres?

—Não sei, eu entrei na floresta?-Por que eu não me lembro?

—A srta. não se lembra?- Olha-me como se eu fosse de outro mundo.

—Não.

—Okay, bom de qualquer forma daqui a seis semanas eu voltarei.

—Podemos saber o por quê?- O treinador pergunta com uma sobrancelha erguida.

—No momento não, mas logo logo saberão.

Então o todo se achando vira as costa e deixa eu e o treinador sozinhos no quarto.

Olho pro mesmo e quando nossos olhares se cruzam uma forte dor de cabeça me atingi e lembranças do que aconteceu me invadem, lembrei do motivo de ter entrado na floresta, estava fugido da turma dos populares briguentos de sangue azul da matilha Lua Nova. Eles me perseguem desde que eu cheguei aqui, pois dei uma bela de uma surra muito bem dada na líder deles, que por coincidência do destino é a primogênita do alpha, e como acerto de contas o grupo todo veio atrás de mim quando o treino acabou para me baterem então eu fugir e entrei na floresta sombria. 

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