Uma mestiça com sangue humano, testemunha de uma traição cruel. Um vampiro obsessivo que não perde uma oportunidade de a assediar. Christine era uma Dhamphir que somente pensava no amor como algo puro sem interesse , até ser usada por Eduardo, um vampiro sem escrúpulos que julgava poder tudo, sobre todos os que o rodeavam. Depois de Christine fugir de suas garras , ela encontra asilo no clã dos Independentes, onde conhece Nicholas um Guerreiro letal que a perturbava intensamente mesmo depois de uma desilusão amorosa. Não entendia como seu coração poderia de novo tentar amar, mas ele a deixava quente como o Inferno. Seria Christine capaz de voltar acreditar no amor, ou a perseguição de Eduardo colocaria fim a tudo aquilo que ela desejava...sua liberdade e seu atraente vampiro... Nicholas!
Leer másNão podia desistir! Não agora que estava tão perto de conseguir. Faltavam mais uns metros para alcançar a minha desejada liberdade. O sol espreitava no horizonte , altura certa em que Eduardo estaria adormecido assim como os restantes habitantes daquela casa . Os humanos , escravos de sangue começavam a chegar para as suas tarefas diárias, colocando em ordem uma mansão que mais parecia um palácio, onde seu mestre e seus ocupantes restabeleciam suas energias longe da luz do dia. somente nisso prestavam atenção, suas tarefas, nada mais ao seu redor . Uma moça passeando pelos jardins não era algo com que se deviam preocupar, assim como eu esperava, me ignoravam, sem se importarem se entrava em combustão ou simplesmente desaparecia em segundos . Era exatamente o que pretendia fazer, o mais rápido que me fosse possível .
Olho ao redor , apreciando uma utima vez a mansão imponente ao longe, salvo pelos raios solares que começavam a iluminar cada detalhe de sua estrutura antiga, se notava sombria e obscura. Suspiro como um lamento silencioso, em uma despedida acompanhada por tristeza além de alívio. Era o certo! A justiça só seria feita se me afastasse dali! Num só impulso, pulo o muro de dois metros que envolvia o lugar onde tinha vivido praticamente a minha vida inteira .Finalmente ia conseguir ficar longe de Eduardo e de sua insanidade.
Eduardo, um homem que antes me tinha fascinado, seduzida por sua beleza e postura dominante, agora me repugnava. Crescendo de perto de todos os vampiros guerreiros era normal na adolescência começar a ter sentimentos e desejos por um deles , mas Eduardo era o eleito da minha atenção. Uma jovem entrando na sua maturidade sexual, hormonas ao rubro e libido se descontrolando , podia dizer que era natural, mas descobrir mais tarde que afinal era somente mais uma nas mãos de alguém sem escrúpulos , já não era tão normal assim. Acreditava que Eduardo era leal aqueles que servia, principalmente sendo o co -regente do clã. Como podia estar tão enganada?
Seus olhos cor de amêndoa, seu cabelo curto , com fios dourados caindo em escadinhas sobre seu rosto tirava qualquer uma do sério, mas eu, não somente o desejava , eu o idolatrava. Seu carisma alem de sua beleza acompanhada com um sorriso de matar , me fez deseja-lo e ama-lo com todos os poros de meu ser. Seu corpo talhado para o combate não ajuda a controlar a minha libido , já que ele o usava como arma de sedução. Uma arma que utilizava sem qualquer pudor, não era de admirar que andasse sempre rodeado de mulheres, no entanto, ele nem se importava que elas se oferecessem as seus pés, apesar de ser seletivo. Na minha ingenuidade , pensara que eu era a escolhida, para a eternidade.
Inferno!!! Como pude me enganar tanto acerca daquele vampiro? Como pude ser tão cega ?
Em pouco tempo a mascara caiu, tudo mudou quando me deixei levar pela luxúria e a ideia de que o amor não era unilateral. Vinte e três anos me guardando para aquela noite especifica, como uma donzela esperando seu belo príncipe encantado, acabando por se revelar uma desilusão. Estava tão equivocada, Eduardo não era nenhum príncipe, mesmo me mostrando o prazer carnal sem qualquer limite, essa era uma noite que não iria esquecer nunca, pelo pior motivo ...o horror de descobrir que ele era cruel, calculista e ganancioso. Nessa fatídica noite, Eduardo me reclamou como mulher , mas também reclamou a liderança do clã Camarilla, depois de nosso Mestre Olson Nuval aparecer morto.
Nessa noite tudo parecia um sonho para mim, depois de um curto sono derivado a uma noite longa de prazer , me dei conta que Eduardo não estava na cama, nem mesmo no quarto, o que era estranho. Sua extraordinária capacidade de se recuperar junto com o fato de ser insaciável, me dizia que ele tinha planos para não me deixar sair daquela cama tão cedo.
O perfume que predominava era intenso, o rubor atinge as faces , sabia a razão. Me levanto , procurando a roupa que horas antes fora espalhada pelo cómodo num desejo desenfreado, aos poucos recolho cada peça , me vestindo sem pressas mas com a ideia de que seria melhor voltar para meu quarto. Não desejava comentários sobre o que se passava entre nós dois , seria mais fácil os encarar sem embaraço. Não sabia até que ponto Mestre Olson reagiria a noticia de ter ocupado a cama de seu co -regente , afinal ele me tinha recolhido aos seis anos de idade , me cuidando, mesmo sendo mestiça. Orfã e abandonada aprendi a amar meu Mestre como um pai, meu crescimento entre eles se tornou mais fácil com sua proteção e atenção, graças a ele aprendi a lidar com os dois mundos sem ter que me sentir diferente , deslocada. Alem de um enorme agradecimento, lhe devia respeito. Sendo assim na minha mente a ideia era que seria melhor que ficasse em segredo de estado. Longe do olhar, longe do coração, como dizia o ditado.
Pé ante pé e em extremo silencio , abro um pouco a porta , vigiando o corredor. Para meu alivio estava deserto, me esgueiro rapidamente colada a parede , atenta a cada cómodo distribuído ao longo do caminho. Tudo corria bem até que quase perto do corrimão das escadas do primeiro andar, uma das portas se abriu. De imediato me escondo atras de uma das enormes colunas que ornamentavam a mansão. Esperava que quem quer que fosse saísse rapidamente, os nervos começavam a surgir , fazendo meu estômago se contrair dolorosamente . Por meu espanto a porta entreaberta se manteve assim uns segundos e para meu horror as palavras que surgiram , me deixaram de joelhos.
A dor era atroz, uma queimação que começava de dentro para fora, meu corpo todo se convulsionava , minha garganta doía dos gritos que saíam da minha boca. Não sabia o que se passava comigo , mas que estava no Inferno, isso estava. Minhas palpebras se abrem com esforço, sentia algo fresco deslizando por meu rosto, por meu cabelo, mas somente enxergava um vulto. Olhando ao redor vejo um quarto escuro, não havia nada nele que eu reconhecesse, além disso não havia nem uma janela , nem uma luz. Cerrandos os dentes quando uma fisgada de dor retorna sem aviso, agarro meu estomago, gritando alto quando o ardor se instala de novo, parecia que em meu sangue corria fogo liquido e nada o fazia parar.__ Por favor ... - Suplicante balbuciono as palavras sem saber se teriam algum efeito. __ Me ajudem ...
Nicholas estava acompanhado por Mateus que estava tão furioso quanto ele. Quando eles entraram no quarto de Christine depararam-se com aquilo que eles mais temiam que pudesse ter acontecido. Ela tinha sido apanhada por Eduardo e mais, Beatriz jazia no chão, viva mas sangrando o que fez Mateus rugir de raiva. Sem hesitar ele a pega no colo a colocando na cama com cuidado. Ela abre os olhos, os arregalando quando vê Mateus alisando seu rosto com carinho . __ O que aconteceu? - Nicholas rapidamente questiona, seu corpo tenso, seu coração apertado. __Me desculpem... - Ela geme entre palavras ,seu corpo dolorido da pancada contra a parede. A frustração era latente ao encarar Nicholas. __ Tentei atrasa-lo...mas... Acordei atordoada, me arrepiando quando me lembrei do que se tinha passado. A imagem de um quarto que eu bem conhecia estava perante os meus olhos, o que me deixou completamente aterrorizada. O quarto de Eduardo! Só isso já mostrava claramente os seus planos distorcidos, se ele me tocasse seria Nicholas capaz de me querer de novo ?__Acordaste! - Eduardo aproximou-se como um predador perante a presa que desejava. __ Estava a começar a ficar inquieto.__ Era preferivel não acordar mais. - Respondi com uma voz seca, fria , distante. Seu cabelo longo estava amarrado, como habitualmente, ele era bem apessoado, porque não me deixava em paz. Qualquer mulher o podia amar como eu amava Nicholas.__ Sabes o que eu passei enCapitulo 39
Achava estranho todo o alarido perto dos muros que rodeavam a casa. Meu nervosismo era evidente apesar de não conseguir ver onde estava Nicholas no meio da confusão. Aquela era a tentativa de Eduardo para debilitar o Clã dos Independentes, mas ele não se mostrava no meio de todos aqueles invasores. Foi tudo muito rápido para conseguir perceber como ele entrara naquela casa, no meu quarto. Ele deu um rápido empurrão e estava dentro antes mesmo que eu pudesse fazer algo. Com um sorriso convencido, fechou repente a porta atrás dele.__ Eduardo! - minha voz falhou um tom devido ao choque de o ver a passos de distância .__Ol&aacu
Eduardo já esperava há três horas por notícias e nada. As coisas só podiam ter corrido mal, Tattoo já teria voltado se assim não fosse. Afinal sempre tinha sido uma armadilha. Ele enviou mais dois homens para verificar o que se tinha passado e quando as notícias chegaram ele não ficou minimamente satisfeito .__ Não acredito. - Gritou raivoso. __ Mas será que ninguém sabe fazer nada de jeito.Eduardo não conseguia entender como é que era possível ter perdido os seus guardas num armazém abandonado na cidade. Aquela mulher ia pagar por o ter enganado.__ André! Preciso que convoques uma reunião com o grupo da zona leste .<
Quando entrámos na mansão, suspirei. Finalmente em Casa. Sim era ali que pertencia, naquela casa, com Nicholas não tinha nenhuma dúvida. Mateus nos esperava tenso. __ Ana está morta. - Nicholas disse secamente.__ Já esperava. -Mateus respirou fundo resignado, olhando Christine preocupado.__ Estás bem? __ Sim estou bem, obrigada. - Mordi o lábio. Ana merecia que a defendessem. Pelo menos mostrou-se fiel no final. __ Ela acabou por se juntar a nós na luta, mas acabou por ser morta por um dos homens de Eduardo.__ Fico feliz por não teres sido obrigado a castigá-la. - Mateus disse finalmente olhando para Nicholas. __ Mas i
Último capítulo