Uma coleção de contos aterrorizantes, cada capítulo um conto que levam o leitor ao mundo paranormal, canibal, psicopata e outros. O limite entre a razão e loucura tendo como objetivo a emoção primordial do ser humano, o medo.
Ler maisEm um passado distante de aproximadamente 40 anos atrás presenciei um fato paranormal pela primeira vez, á partir daí, a vida me proporcionou algumas outras experiências paranormais e até mesmo de morte. Estes fatos foram me tornando uma pessoa “fria” em relação á morte e o obscuro, vejo esses “incidentes” da vida com naturalidade, como momentos que podem a qualquer instante fazer parte de nossas vidas.
Sendo assim, naturalmente passei a me interessar por filmes de terror, não pela carnificina gratuita, mas pelos efeitos visuais. Sempre achei o máximo ver aquele sangue de mentira, aquele corte de garganta que parece real, o membro quebrado com fratura exposta, enfim, passei a admirar os profissionais de efeitos especiais e o cinema como um todo.
Na minha adolescência percebi que algumas pessoas tinham medo de mim, por ter este gosto estranho pelo terror, porém, nunca levei à sério, sempre na esportiva, rebelde, nunca fui de me importar com a opinião alheia. Conheci os livros de Stephen King e me identifiquei de imediato, sendo um estopim para o desejo de realizar algo no seguimento, bem, como não tive condições de ser um cineasta, passei a escrever. No final do ano de 2018, abri um grupo na rede social voltado ao tema terror, onde passei a criar textos e publicá-los, contudo, percebi que apesar do momento hi-tec que vivemos, ainda há muitas pessoas que preferem ler livros físicos, sendo assim, resolvi lançar uma antologia com os dez contos de terror mais apreciados em minha página dando origem ao grupo, Contos Para Acampamentos – volume. 1.
Talvez o tema terror seja o mais emblemático da psicologia, por gerar o sentimento do medo que é classificado como ruim, mas fundamental para a segurança pessoal além de causar fortes e imediatas emoções e reações. Um sentimento que carregamos primordialmente como o amor, faz parte de todos nós, contudo, confesso, deve ser apreciado com cautela e racionalidade para evitar que o apreciador se envolva a ponto de cometer atos não condicentes como a nossa realidade.
Desejo a todos uma boa leitura e bons calafrios.
@eduardomirandaescritor
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Jorge Carras toma seu café da manhã apressado enquanto sua esposa, Regina, termina de se arrumar no quarto, ele engole de uma vez o café com leite, procura as chaves da casa e do carro que estão sobre a mesa e em seguida encara seu pote de comprimidos com tarja preta, pega e ergue até próximo aos seus olhos, observa sem piscar por mais alguns instantes até que Regina o tira do transe. _Estou pronta Jorge, vamos? – A voz vinha ainda do quarto, o tempo dela apagar a luz e caminhar até a cozinha foi o suficiente para ele descartar o pote de remédio, ainda cheio, no lixo. Costumeiramente, Jorge deixou Regina em frente ao Shopping onde ela trabalhava em uma loja de departamentos como vendedora e seguiu para seu escritório de advocacia onde passava o dia com outros dois advogados associados e três
Mais uma manhã de segunda na grande metrópole Paulistana, banhada a poluição, trânsito e estresse. No centro velho, mais precisamente no prédio conhecido como treme-treme, Raul desce as escadas em disparada, pois está dez minutos atrasado para o trabalho, surge de repente na calçada imunda de lixo espalhado por todos os lados e rapidamente atravessa a avenida do Estado, ganhando a ladeira Porto Geral e tropeçando no degrau de entrada da lanchonete “Bom Bocado” onde trabalha de ajudante de serviços gerais. _Corre recolher o lixo seu vagabundo! – A oriental proprietária da lanchonete dá ordens aos berros e humilha o rapaz constantemente. Raul nem responde, muito menos encara a mulher nos olhos, entra correndo e coloca seu avental iniciando o trabalho de limpeza do ambiente.
Mateus tem 17 anos e uma vida adolescente quase comum, mora com os avós desde que perdeu seus pais em um acidente automobilístico, é retraído, de poucos amigos o que lhe causa alguns transtornos e aborrecimentos na escola por conta de alguns colegas que o perturbam com brincadeiras que o conduz á exposição. Sempre calado, Mateus estuda no período da manhã e dedica-se ás suas tarefas de escola e de casa durante á tarde, pois á noite seu foco é desenhar, fazer bonequinhos de personagens de filmes de terror com durepox e assistir aos filmes do mesmo gênero. Seus avós e vizinhos o consideram uma adolescente estranho, porém discreto e obediente que nunca lhes causara aborrecimentos. No outono de 1985, seu comportamento começara a mudar, conseguiu um trabalho de garçom em um restaurante local no período noturno, chegava por volta das 02:00hs da manhã e
Carlos e Andréia de Abreu finalizam os detalhes da festinha de aniversário de sua pequena Areta que está completando 10 anos de idade. A menina fora adotada à um ano atrás, loira de olhos azuis e cabelos cacheados chamou a atenção do casal assim que eles chegaram no pátio do orfanato Menino Jesus, em Cariacica – ES. O carinho foi recíproco e ali iniciou o processo de adoção que com algumas propinas acabou se concretizando rapidamente. Areta era meiga e a felicidade dominou sua beleza após finalmente ser recebida em um lar de verdade, Carlos e Andréia estavam igualmente felizes e satisfeitos. Após o aniversário de 10 anos, gradualmente a menina foi ap
Antonieta Albuquerque, uma linda burguesa pertencente a realeza carioca do século XVIII, desfilava sua encantadora beleza pelas ruas de Parati despertando olhares até mesmo do mais discreto pai de família. Frequentadora de bailes, em uma festa de caridade local conheceu Albertino Nunes, um conde espanhol que estava de passagem pelo Brasil, após muitos tragos de vinho a intimidade entre eles aflorou e o gentil cavalheiro se ofereceu para leva-la para casa, porém a dama preocupada com o falatório da vizinhança e até mesmo de sua família decidiu que ficaria antes da entrada da mansão dos Albuquerque, próximo ao estábulo. Lá o casal desceu da carruagem de Albertino, neste momento iniciara uma chuva densa e eles entraram no estaleiro. Ao ver a mulher mais bela da festa com os longos cabelos negros molhados e o vestido grudado em seu corpo escultural o homem deixou de lado seus modos de conde e avan
Em uma pequena cidade na divisa de São Paulo com Minas Gerais, mais precisamente no circuito das águas, morava uma família tradicional do local, os Oliveiras. Jorge o pai e Mariete a mãe, eram comerciantes e tinham 3 filhos, Robertinho de 8 anos, Ana Clara de 10 ano e Elizabeth de 12 anos, a família seguia com sua rotina normal de trabalho dos pais e escola das crianças, a cidade era aconchegante com lindos pontos turísticos, sendo assim, os Oliveiras dificilmente paravam em casa nos finais de semana. Certo tarde ensolarada de sábado resolveram banhar-se em uma cachoeira que ficava à 5 quilômetros de sua cidade. Todos animados, já conheciam o local e sabiam da sua beleza paradisíaca. Lá chegando estacionaram o carro e andaram 200 metros até a mata se abrir revelando um lindo rio corrente de águas cristalinas
Último capítulo