Em seu quarto, Vênus foi logo procurar Aracne.
— Olá, pequena Aracne! Eu estava tão perturbada que até tinha me esquecido de você.
A aranha, que se movimentava tecendo sua teia no tear de Vênus, parou ao ouvir a voz da deusa.
— Hoje descobri quem você é. Lamento muito por essa situação. Lamento por seu irmão e pela minha irmã também. Espero que um dia seja capaz de nos perdoar. Prometo mais uma vez que não descansarei enquanto não conseguir reverter a maldição que foi lançada contra você. Sabe, enquanto estive ausente, passei por uma situação desesperadora. Demônios terríveis me aprisionaram e tinham intenções horrendas. Seu irmão, um soldado muito valente, foi um daqueles que ajudou a me resgatar. Ele não merece sofrer. E você também não.
Aracne lançou sua teia e subiu na mão de Vênus. Caminhou pelo braço da deusa e repousou em seu ombro. Entristecida, Vênus não conseguia repousar. Estava muito agitada. Sentou-se em sua escrivaninha, na companhia da aranha, e ficou apenas lendo algun