Mundo ficciónIniciar sesiónCamile é uma linda jovem de 20 anos, que após perder a mãe por causa de um erro de seu pai, se vê obrigada a casar com o chefe da máfia local. Entre amor e ódio ela percebe que há bem mais por trás da morte de sua mãe, e que aquele que ela julgava ser só uma pessoa fria é na verdade um poço de emoções. Em meio às descobertas de Camile, ela deixará o amor vencer o ódio? Ela irá perdoar os culpados por trás da morte de sua mãe? Ela irá se vingar e ceder ao ódio e retribuir tudo de ruim que fizeram com ela? É o que vamos descobrir.. Espero que gostem, desejo a todos uma boa leitura... *PLÁGIO É CRIME*
Leer másNasci em meio a uma ausência. Minha mãe morreu ao me dar a vida, e meu pai… bem, ele nunca fez questão de mim conhecer —Tudo o que sei é o que minha avó, dona Marta, me contou: os dois se conheceram em uma viagem à Bahia, foi um amor de verão, desses que começa e acaba rápido e deixam profundas. Quando soube da minha existência, ele apenas disse que não queria se envolver. E desapareceu.
Fui criada pela minha avó, uma professora de alma doce e mãos firmes, que fez da nossa casa simples o lugar mais cheio de amor do mundo. Ela perdeu o marido ainda jovem, e quando eu nasci, já estava sozinha. Dizia que eu cheguei para dar novo sentido à vida dela — e, de fato, fui a razão do seu sorriso por muitos anos, nos amávamos muito. Quando completei vinte e dois anos, o coração dela começou a falhar. “Minha filha, não quero que pare de estudar”, ela me dizia com aquele olhar sereno que disfarçava o medo. “Temos essa casa e meu salário,fiz uma pequena poupança. Quero que, quando eu me for, você tenha uma profissão e fique bem.” “Vó, não fala assim... eu só tenho a senhora”, implorei, tentando segurar o choro. “Eu sei, minha querida, mas há coisas que não estão ao nosso alcance. A vida… é uma delas.” Deitei no colo dela na varanda, como fazia quando era criança. As lágrimas caíam, e ela passava a mão nos meus cabelos cacheados, dizendo o quanto os achava lindos. Dizia que eles lembravam o cabelo do meu avô Leonardo, o grande amor da vida dela. Havia tanta saudade no peito dela… e um silêncio que eu já temia ser de despedida. Minha vó sempre fez o possível para me dar o melhor. Graças a ela, estudei num bom colégio particular, onde tive bolsa por ela ser professora,aprendi inglês e me apaixonei pela Itália , através dos livros— tanto que acabei aprendendo a língua sozinha. Ela se orgulhava tanto de mim… “Minha Aninha vai longe”, repetia sempre. Os meses seguintes foram de hospital em hospital. Quando chegou o dia da minha formatura, ela já estava muito fraca, mas insistiu em ir. Lembro dela ali, em sua cadeira de rodas, com os olhos marejados de alegria. Ficou o tempo que pôde. Eu sorri para ela no palco, e o sorriso dela de volta foi o maior prêmio que eu poderia receber. Naquela noite, ela quis que eu ficasse com minha turma para comemorar, já tinha combinado com a Madrinha tudo sem que eu soubesse. Foi a última vez que a vi sorrir.Ela foi para casa com a dinda Lia. Lia era mais que madrinha — era como uma segunda mãe. Viúva, professora, e a melhor amiga da minha avó. As duas se conheciam há décadas, e quando eu nasci, Lia ajudou a me criar com o mesmo carinho. Carioca de nascimento, mas mineira de coração, ela morava conosco há anos. E foi essa convivência que me permitiu concluir o estágio sem tantas preocupações. Naquela manhã, acordei e percebi que a casa estava estranhamente silenciosa. Pouco depois, ouvi um grito vindo do quarto da minha avó. Corri. Ela estava passando mal. Chamamos a ambulância, mas o tempo já tinha decidido o que seria. Com lágrimas nos olhos, ela segurou minhas mãos, e no último olhar que trocamos, entendi o que é amor incondicional — e despedida. Os dias seguintes foram apenas cinza. A casa parecia vazia, e meu peito, um deserto. Dinda Lia foi meu amparo, meu porto em meio à dor. Dois meses depois, Eu recebi uma proposta de emprego no Rio de Janeiro. Como tínhamos alguns parentes da minha madrinha lá, decidimos recomeçar juntas. Vendi a casa, juntei o que tinha e parti. Deixei para trás as lembranças mais doces e doloridas da minha vida — e levei comigo a promessa que fiz à minha avó: seguir em frente, não importa o quanto doesseCom tudo decidido, seguimos com os preparativos do nosso plano. Leon nos entregou nossas novas identidades, Rodolff manteve contato com meu pai, e Raffael fez o desvio do dinheiro para nossa nova ‘’empresa’’. Depois de toda a conversa entre Leon e o chefe do departamento do FBI, ficou combinado que logo após a prisão do responsável por trás dos desvio de armamentos, eles iriam estar “ocupados de mais’’ para perceberem nossa fuga, claro que Rodolff, Raffael e Leon também tiveram que desembolsar uma boa quantia de dinheiro para que o oficial se desse por satisfeito.O local de entrega foi marcado para acontecer as 15h da tarde, na minha antiga casa. Raffael fez um depósito na conta fantasma de meu pai com 50% do valor total, e o avisou que o restante do valor seria entregue somente depois dele estar com o produto em suas mãos. O velho caiu feito um patinho, e a polícia foi informada. Leon seguiu para o local, e o restante de nós seguiu para a fronteira do país. Nos foi informado
Tudo o que eu queria saber já foi esclarecido, a morte de minha mãe, a frieza de meu pai no momento em que ele recebeu a notícia, e o mais importante, o grau de participação dele na execução. Rodolff deu a ordem que deu início aos disparos que acertaram o carro que minha estava dirigindo, porém o alvo não era ela e sim o imundo do meu pai. O fato dele ter feito a minha mãe de sacrifício me deixa furiosa, como ele pôde? Será que ela ao menos sabia que estava indo de encontro com a morte? Meu coração pela primeira vez está desejando a morte de alguém, e logo do homem que um dia minha mãe amou. Minha mãe me ensinou que toda vida importa, seja ela de uma boa pessoa ou não. Por esse motivo, não irei sucumbir ao desejo de ver o responsável pela sua morte agonizando aos meus pés. Mas com toda certeza irei acabar com a sua reputação de bom homem e de um militar exemplar. Ele irá parar na cadeia, junto com todos aqueles que ele ajudou a colocar lá, o que eles irão fazer com ele lá dentro, bo
Respiro fundo e lembro da noite em que Leon dormiu comigo, nós bebemos e ele me disse coisas que me deixaram curiosa. Me ponho à postura e começo a contar a Rolfdoff. - Bem, você lembra de quando você voltou? Leon estava dormindo no meu quarto, e você nos viu dormindo, lembra? - É Camile, eu lembro sim. Quer dizer então que ele foi quem te deu o colar com a escuta? Eu sabia que eu estava certo em não ir com a cara daquele idiota. - Eu não posso dizer se ele sabia que aquilo era uma escuta, preciso falar com ele e perguntar, por isso vou ligar para ele e marcar um encontro para conversar sobre isso. - Me avise quando nós formos. - Não Roldoff, eu irei sozinha. - Tá louca? Se ele é da polícia ele te prenda lá mesmo, eu vou junto. - Ele pode até ser policial, mas também é meu amigo. Eu confio nele. - Amor, ele se aproximou de você só pa
Estamos todos aqui, parados e calados. O olhar de Raffael está fixo em mim, mas o de Roldoff está muito distante, ele olha pela janela com um semblante triste e eu não posso deixar de sentir facadas em peito. Sei que no seu interior Roldoff pede que tudo isso não passe de um mal entendido, que eu não seja a pessoa que o está tentando derrubar, que o meu amor por ele não seja apenas um conto de três, eu sei que no fundo ele ainda acredita em mim, e sim eu irei usar isso a meu favor, se eu sou a informante ou não ele terá de esperar para saber.Dou alguns passos em direção ao meu marido, e direciono o meu olhar para Raffael e o respondo em alto e bom tom: - Se esse colar é ou não uma escuta eu não sei, foi um presente que recebi e o guardei sem nem ao menos usá-lo uma vez se quer. _ Digo isso enquanto aponto para o colar.Rolfdoff instantaneamente levanta o olhar e seu semblante muda como se dissesse “eu sabia, eu sabia que não era você”. Raffael no enta
Ainda atordoada com tudo o que está acontecendo, eu decido tomar um banho quente e esperar a hora do almoço. Entro no banheiro, coloco meu roupão a posto e sigo para a preparação do meu tão merecido banho. Pego sais de diferentes origens e aromas, velas para uma aromaterapia, uma ducha para esfolar meu corpo, meu shampoo preferido e coloco todos o mais próximo possível da banheira. Coloco a banheira para encher de água morna e me sento ao lado dela para esperar que o nível da água esteja em uma proporção maior, enquanto isso o fato de Raffael ter me ameaçado não sai da minha mente, e o pior de tudo foi que eu acreditei que ele seria a única pessoa nesta máfia toda que nunca, jamais, em circunstâncias nenhuma, me faria algum tipo de mal. Uma pergunta me vem à mente e eu sem querer acabo por falar ela em voz alta: - Será que eu conto ao Roldoff? Quer dizer.... Eu devo contar para ele?...De repente sou pega de surpresa quando Roldoff me questiona da port
Acordamos com o sol brilhando em nossa direção. Ainda deitados em silêncio nós dois estamos perdidos, cada um com seus medos e esperanças, com planos para a vida do bebê, mas um pensamento nós temos em comum: não queremos que o nosso bebê cresça nesse meio cheio de morte e violência, e sabemos que temos nove meses para conseguirmos escapar de algum modo, o que será difícil, mas estamos determinados a conseguir sair disso tudo.Roldoff quebra o silêncio me dando um beijo no ombro esquerdo e falando pela primeira vez de um jeito manhoso: - Bom dia para os amores da minha vida.Meu espanto foi tanto que eu me viro quase que instantaneamente para ele, que está com um sorriso largo e caloroso estampado em seu rosto. - Nossa, bom dia príncipe da máfia... _ Digo enquanto acaricio a barba por fazer dele. - Esse príncipe da máfia está com os dias de seu reinado contados minha donzela... &nb





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