Camile é uma linda jovem de 20 anos, que após perder a mãe por causa de um erro de seu pai, se vê obrigada a casar com o chefe da máfia local. Entre amor e ódio ela percebe que há bem mais por trás da morte de sua mãe, e que aquele que ela julgava ser só uma pessoa fria é na verdade um poço de emoções. Em meio às descobertas de Camile, ela deixará o amor vencer o ódio? Ela irá perdoar os culpados por trás da morte de sua mãe? Ela irá se vingar e ceder ao ódio e retribuir tudo de ruim que fizeram com ela? É o que vamos descobrir.. Espero que gostem, desejo a todos uma boa leitura... *PLÁGIO É CRIME*
Leer másMe chamo Camile, e eu estou completando meus 20 anos hoje, mas infelizmente não haverá comemoração, aliás não ganho sequer um " Parabéns Camile", nem mesmo do meu próprio pai. Depois que minha mãe foi morta exatamente á 2 anos e 3 meses atrás, meu pai se mostrou um ser cruel, sem emoções, melhor dizendo sem coração. Ele se casou com a amante dele apenas duas semanas depois do ocorrido, ele assumiu as filhas da amante e as trata como se fossem filhas dele, ele dá mesadas , vive comprando roupas, sapatos e até carros, tudo do bom e do melhor e enquanto isso eu que sou a sua filha biológica praticamente virei a cinderela, uma pobre coitada que é abusada pela madrasta e suas filhas feias, só que sem uma fada madrinha para me ajudar a encontrar um príncipe encantado, aliás acho que eles não me deixariam nem chegar a ver o príncipe encantado.
Eu sempre achei que tivesse uma família feliz, até que cheguei na idade em que o papai Noel não vem mais na chaminé, o coelho da páscoa não passa mais, a fada do dente voa pra longe, e a família perfeita não existe. Comecei a acordar no meio da noite com as discussões dos meus pais, e também comecei a perceber as marcas de batons, que definitivamente não eram da minha mãe, já que ela achava batom vermelho vivo muito vulgar, e sem falar nas viagens de negócios que nunca existiram.
O declínio de tudo estava visivelmente estampado, para quem quisesse ver o show do senhor Carlos, o meu pai.
Por esse motivo eu prometi para mim mesma que não casaria até ter certeza de que eu encontrei o homem certo, um homem que esteja disposto a dar e não apenas receber. Alguém que esteja decidido a amar verdadeiramente não apenas por aparência. Alguém totalmente o contrário de meu pai. Meu objetivo é encontrar um homem digno de minha mãe, pois assim eu sei que estarei com a pessoa certa para mim.
Meu pai é um oficial do alto escalão do exército que começou a receber visitas de homens misteriosos, e minha mãe era uma estudante de contabilidade, quando meu pai recebia essas visitas minha mãe me obrigava a subir pro quarto e ficar lá, e depois que os convidados iam embora a briga era feia entre meu pai e minha mãe. Eu não entendia como meu pai começou a ganhar bem mais dinheiro, de repente ele tinha barcos caros e carros super luxuosos. Até que num certo dia, meu pai andava pela casa desesperado, enquanto minha mãe gritava “Eu te avisei Carlos, agora ou seremos presos por causa dos seus desvios de armas ou estamos mortos pela mãos da máfia" , escutando aquilo eu finalmente pude entender de onde vinha tanto dinheiro, meu pai traficava armas para a máfia local. Fugindo da discussão deles, me dirigi ao meu quarto, fiquei lá por alguns minutos, e vejo pela janela minha mãe sair com o carro dela.
Naquela noite, o carro de minha mãe foi alvejado por diversos tiros, e infelizmente ela não sobreviveu. E para piorar, ao ouvir a notícia, meu pai fica calado, sem esboçar uma única emoção como se já esperasse ouvir aquilo. E mais tarde naquela mesma noite, ele recebe uma ligação, e de onde estou eu o escuto dizer muito entusiasmado e também aliviado “Obrigado Sr. não vou lhe decepcionar”, aquilo me embrulhou o estômago. Apenas algumas semanas depois ele se casa, trás a amante e as proles dela, eu sou obrigada a abrir mão do meu quarto e me mudar para o quarto da empregada que foi demitida por ser uma lembrança relacionada a presença de minha mãe, álbuns de foto e quadros com a minha mãe foram recolhidos e jogados no porão como se não valessem nada, ou como se fossem fotografias de uma completa estranha e eu fui proibida de buscar qualquer que fosse o item, mas consegui ir escondia e buscar ao menos uma foto de minha mãe, ela está escondida dentro de uma caixa de sapato velha que eu guardo num baú que mantenho sempre trancado. E desde a partida de minha mãe, venho sendo excluída e menosprezada pela minha madrasta e suas filhas, elas me falam que meu cabelo é feio, que minha boca é exagerada, que a cor da minha pele não é atraente, mas eu não ligo, porque são traços quer herdei da minha mãe, e ela era linda, então se eu tenho os traços dela eu os amo, e me acho linda justamente por me parecer com minha linda mãe.
Eu a filha legítima de meu pai, vivi 2 anos como se fosse uma bastarda, e hoje aos meus 20 anos minha madrasta veio ao meu quarto falando como um tom grosseiro e autoritário.
- Camila, vê se toma um banho, passa algo nessa cara, veste uma roupa decente e desce para o jantar, AGORA! ____ Ela diz saindo sem esperar uma resposta.
- É Camile, sua vaca. _____ Digo levantando para cumprir as ordens que recebi.
Tomo um belo banho, e procuro entre os míseros vestidos que me restam, pelo menos um que ainda dê pro gasto. Uma raiva começa a subir em mim, mas me controlo e digo para mim mesma:
- Nada vai estragar meu dia, eu não deixarei que me tirem o sorriso do rosto, não hoje. _____ Respiro fundo e faço um belo sorriso aparecer em minha face.
Sigo em direção à sala de jantar, e vejo meu pai com dois belos homens, assentados junto a mesa. E que homens. Lindos, atraentes e musculosos.
Eu mal chego na sala de estar, quando meu pai abre um buraco aos meus pés ao abrir sua boca e dizer:
- Camile, este é o Sr. Roldoff Mertz, em dois dias ele será seu marido ____ Ele diz apontando para um deles dois.
Acabo não conseguindo olhar para a direção em que meu pai está apontando, pois a única coisa que eu consigo ver é o mesmo olhar frio de meu pai, aquele olhar que ele deu quando ouviu a notícia que minha mãe havia falecido.
No fim, eu sou mais uma a ser sacrificada para compensar um erro desse homem, a pessoa que eu acreditava ser o melhor marido e pai do mundo é na verdade um grande e real monstro.
Com tudo decidido, seguimos com os preparativos do nosso plano. Leon nos entregou nossas novas identidades, Rodolff manteve contato com meu pai, e Raffael fez o desvio do dinheiro para nossa nova ‘’empresa’’. Depois de toda a conversa entre Leon e o chefe do departamento do FBI, ficou combinado que logo após a prisão do responsável por trás dos desvio de armamentos, eles iriam estar “ocupados de mais’’ para perceberem nossa fuga, claro que Rodolff, Raffael e Leon também tiveram que desembolsar uma boa quantia de dinheiro para que o oficial se desse por satisfeito.O local de entrega foi marcado para acontecer as 15h da tarde, na minha antiga casa. Raffael fez um depósito na conta fantasma de meu pai com 50% do valor total, e o avisou que o restante do valor seria entregue somente depois dele estar com o produto em suas mãos. O velho caiu feito um patinho, e a polícia foi informada. Leon seguiu para o local, e o restante de nós seguiu para a fronteira do país. Nos foi informado
Tudo o que eu queria saber já foi esclarecido, a morte de minha mãe, a frieza de meu pai no momento em que ele recebeu a notícia, e o mais importante, o grau de participação dele na execução. Rodolff deu a ordem que deu início aos disparos que acertaram o carro que minha estava dirigindo, porém o alvo não era ela e sim o imundo do meu pai. O fato dele ter feito a minha mãe de sacrifício me deixa furiosa, como ele pôde? Será que ela ao menos sabia que estava indo de encontro com a morte? Meu coração pela primeira vez está desejando a morte de alguém, e logo do homem que um dia minha mãe amou. Minha mãe me ensinou que toda vida importa, seja ela de uma boa pessoa ou não. Por esse motivo, não irei sucumbir ao desejo de ver o responsável pela sua morte agonizando aos meus pés. Mas com toda certeza irei acabar com a sua reputação de bom homem e de um militar exemplar. Ele irá parar na cadeia, junto com todos aqueles que ele ajudou a colocar lá, o que eles irão fazer com ele lá dentro, bo
Respiro fundo e lembro da noite em que Leon dormiu comigo, nós bebemos e ele me disse coisas que me deixaram curiosa. Me ponho à postura e começo a contar a Rolfdoff. - Bem, você lembra de quando você voltou? Leon estava dormindo no meu quarto, e você nos viu dormindo, lembra? - É Camile, eu lembro sim. Quer dizer então que ele foi quem te deu o colar com a escuta? Eu sabia que eu estava certo em não ir com a cara daquele idiota. - Eu não posso dizer se ele sabia que aquilo era uma escuta, preciso falar com ele e perguntar, por isso vou ligar para ele e marcar um encontro para conversar sobre isso. - Me avise quando nós formos. - Não Roldoff, eu irei sozinha. - Tá louca? Se ele é da polícia ele te prenda lá mesmo, eu vou junto. - Ele pode até ser policial, mas também é meu amigo. Eu confio nele. - Amor, ele se aproximou de você só pa
Estamos todos aqui, parados e calados. O olhar de Raffael está fixo em mim, mas o de Roldoff está muito distante, ele olha pela janela com um semblante triste e eu não posso deixar de sentir facadas em peito. Sei que no seu interior Roldoff pede que tudo isso não passe de um mal entendido, que eu não seja a pessoa que o está tentando derrubar, que o meu amor por ele não seja apenas um conto de três, eu sei que no fundo ele ainda acredita em mim, e sim eu irei usar isso a meu favor, se eu sou a informante ou não ele terá de esperar para saber.Dou alguns passos em direção ao meu marido, e direciono o meu olhar para Raffael e o respondo em alto e bom tom: - Se esse colar é ou não uma escuta eu não sei, foi um presente que recebi e o guardei sem nem ao menos usá-lo uma vez se quer. _ Digo isso enquanto aponto para o colar.Rolfdoff instantaneamente levanta o olhar e seu semblante muda como se dissesse “eu sabia, eu sabia que não era você”. Raffael no enta
Ainda atordoada com tudo o que está acontecendo, eu decido tomar um banho quente e esperar a hora do almoço. Entro no banheiro, coloco meu roupão a posto e sigo para a preparação do meu tão merecido banho. Pego sais de diferentes origens e aromas, velas para uma aromaterapia, uma ducha para esfolar meu corpo, meu shampoo preferido e coloco todos o mais próximo possível da banheira. Coloco a banheira para encher de água morna e me sento ao lado dela para esperar que o nível da água esteja em uma proporção maior, enquanto isso o fato de Raffael ter me ameaçado não sai da minha mente, e o pior de tudo foi que eu acreditei que ele seria a única pessoa nesta máfia toda que nunca, jamais, em circunstâncias nenhuma, me faria algum tipo de mal. Uma pergunta me vem à mente e eu sem querer acabo por falar ela em voz alta: - Será que eu conto ao Roldoff? Quer dizer.... Eu devo contar para ele?...De repente sou pega de surpresa quando Roldoff me questiona da port
Acordamos com o sol brilhando em nossa direção. Ainda deitados em silêncio nós dois estamos perdidos, cada um com seus medos e esperanças, com planos para a vida do bebê, mas um pensamento nós temos em comum: não queremos que o nosso bebê cresça nesse meio cheio de morte e violência, e sabemos que temos nove meses para conseguirmos escapar de algum modo, o que será difícil, mas estamos determinados a conseguir sair disso tudo.Roldoff quebra o silêncio me dando um beijo no ombro esquerdo e falando pela primeira vez de um jeito manhoso: - Bom dia para os amores da minha vida.Meu espanto foi tanto que eu me viro quase que instantaneamente para ele, que está com um sorriso largo e caloroso estampado em seu rosto. - Nossa, bom dia príncipe da máfia... _ Digo enquanto acaricio a barba por fazer dele. - Esse príncipe da máfia está com os dias de seu reinado contados minha donzela... &nb
Último capítulo