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Helena

— Oi! Nina! — Helena falou com um pouco de desânimo. Ela encontrava-se exaurida, passou o dia todo procurando emprego e não achou nada. O seu antigo emprego a dispensou por falta de verba, já se passaram 2 anos desde que chegou, há Espanha. Não ficou por muito tempo no dormitório da faculdade, ela adquiriu um pequeno apartamento, não era lá essas coisas, mas era bem acolhedor.

Agora que perdeu seu emprego, estava preocupada, afinal haviam despesas. Fora que tem não poderia voltar ao dormitório da universidade, pois, já foi passado para outra aluna.

— Que cara é essa amiga? — Nina Inquiriu ao ver Helena tão cabisbaixa.

— Andei o dia todo e não conseguir nada, nem um mísero bico. — Falou bufando.

— Não fica assim. Já comeu?

— Não. Ia fazer isso agora.

— Vamos a minha casa, tem comida pronta. — Sua amiga falou lhe puxando do sofá. Helena levantou correndo e rindo. A comida de sua amiga é uma delícia. Elas se conheceram na faculdade, dividiam o mesmo quarto. Assim como Helena, Marina também tinha seus planos de arrendar um apartamento. A sorte foi tanta que conseguiram encontrar moradia no mesmo prédio.

— Espera deixa u alimentar, Mical! — Helena falou agarrando seu pequeno gatinha e enchendo de beijos. Elas se conheceram na saída da faculdade. A gatinha miava muito, com fome. Isso foi há um ano, desde então, são inseparáveis.

— Amiga, que cheiro delicioso. — Nina é meio brasileira por parte de mãe e espanhola da parte do pai.

— Fiz Tortilhas espanholas de batata. Suas preferidas. — Sorriu Helena deu um gritinho de alegria. Sua amiga realmente lhe conhece.

— Obrigada amiga, só você para me alegrar viu! Sabe que te amo, né?

— Sei que você ama a minha comida, Lena. — Nina declarou dando língua.

Após a jantar Nina foi se banhar e Helena foi lavar os pratos, a mesma desviou os olhos por alguns segundos e se separou com um jornal aberto na bancada da cozinha de sua amiga.

— Nina, esse jornal é de hoje? — Helena gritou para ser escutada

— De ontem.

— Você deixa eu levar para casa? Quero dar uma olhada nos classificados de emprego.

— Tem um anúncio de emprego, quero pegar o número. 

— Deixa vê esse anúncio! — Ela pegou e leu em voz alta. Assim que conferiu o sobrenome, e seu sorriso se fechou.

— O que foi?

— Já ouvir falar muito sobre esse, cara no anúncio. Dizem que ele não fica com nenhum assistente, rude demais.

— Bem, não é como se pudesse escolher. — sorriu triste — Não se preocupe, posso dar conta.

Subiu um frio na barriga de Helena, entretanto, fez questão de não demonstrar. Agradece o jantar a sua amiga e foi para o seu apartamento. Assim que se banhou, se acomodou na cama ao lado de suá gatinha, pegou o jornal se celular e discou o número.

— Venha Mical deitar com a mamãe!

— “Alô!” — A voz de uma senhora se pronunciou do outro lado da linha.

— Olá! Me chamo Helena Muniz, estou ligando em relação ao anúncio de emprego. A vaga já foi preenchida?

— Me chamo Inês Sanches, é para trabalhar como assistente do meu filho. Pode vir amanhã às 8h00min para a entrevista. — Inês informou contendo um suspiro de esperança. Ela está a quase duas semanas procurando alguém para trabalhar com o filho, mas sua fama está tão ruim que ninguém se aventura, mesmo que o salário seja bom.

(…)

Pela manhã, dez minutos antes do horário, Helena estava esperando na porta de uma mansão. O lugar é tão grande que seus olhos não alcançaram. Branco toma quase, (noventa) porcento da propriedade. Um senhor na casa dos 40 anos, veio recebê-la.

— Bom dia, senhorita Muniz! A senhora Sanches, está ao seu aguardo.

— Bom dia, senhor… — Se falou para que o homem se apresentasse.

— Jorge. Sou o mordomo dos Sanches. — Explicou com um meio sorriso. Ela ficou encantada, afinal nunca havia visto um mordomo pessoalmente. O senhor lhe deixou em uma sala enorme com meus e paredes em tons escuros. Ela sensacional, mas guardou para si. Uma senhora muito linda com belíssimos olhos verdes a esperava. Ela devia ter uns 50 anos. Pensou encantada.

A senhora olhou seu currículo após as apresentações.

— A senhorita não tem experiência na área.

— Não tenho, mas aprendo rápido. — disse — Tenho memória fotográfica e falo quatro idiomas fluentemente.

Exaltou suas qualidades que chamariam mais atenção.

— Onde aprendeu todos esses idiomas? — A senhora perguntou curiosa.

— No orfanato onde cresci.

— Sinto muito. — Inês respondeu empática.

— Agradeço!

— Bem, dependendo de mim, você já está contratada, só que não depende. Precisa passar pela aprovação do meu filho.

— Entendo senhora!

— Ouviu algo sobre meu filho?

— Na verdade, sim, contudo, prefiro tirar minhas próprias conclusões.

Dona Inês dava pulos de alegria por dentro, ela acredita que achou a pessoa certa para seu filho. A menina tinha pulso e não se deixava influenciar.

— Vamos quero apresentá-la a meu filho, está em seu escritório.

— Vamos! — Helena respondeu um pouco nervosa.

— Todas as suas exigências podem passar para ele. — sorriu — Há, sim, meu filho tem uma deficiência.

— Por mim tudo bem, não tenho nenhum preconceito sobre isso. — Respondeu rapidamente. Inês esta nas nuvens, pois, seu coração dizia que seu filho estaria nas mãos da pessoa certa.

Elas entraram em um escritório sem bater. O ambiente era bastante rústico, a maioria na cor preta, as únicas coisas em tons amadeirados era a escrivaninha e a estante de livros. Quando Helena olhou para o ser que esta, sentado na cadeira com uma imponência, ficou sem ar. Era o homem mais bonito que ela já havia visto, quer dizer, que ela reparara. Homem negro, alto. Nota-se porque mesmo sentado ele era enorme. Pelas roupas seus músculos sobressaiam-se e, seus olhos eram de um verde tão lindo que me lembram o oceano de tão verdes que são. Ele olhava em sua direção, mas agia como se não a visse, foi então que ela percebeu qual era a sua deficiência.

— Uma pena! — Sussurrou entristecida. Não entendia o porquê, mas queria muito que ele a enxergasse. O homem em sua frente está bastante nervoso falando ao telefone, ele xingava bastante. Terei que me acostumar com seu jeito. Pensou contrariada.

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