POV de Mathilda
—Mathilda.
A voz de Fredric me fez levantar a cabeça.
Desde que cheguei ao hospital, há uns vinte minutos, não fiz nada além de ficar sentada, exausta, no banco comprido da sala de espera da UTI.
—Senhor Fredric —respondi, a voz fraca.
Ele olhou ao redor, visivelmente inquieto. Logo depois, chamou uma das funcionárias que estava sentada não muito longe de mim.
—Por favor, fique de olho na minha avó —disse ele calmamente. —Mathilda e eu precisamos sair um instante. Já falei com o médico dela; em cerca de uma hora, vão transferi-la para um quarto normal.
A mulher assentiu, e Fredric levantou as sobrancelhas em minha direção, sinalizando para que eu me levantasse e o seguisse.
Entramos no elevador e, assim que as portas se fecharam, ele se virou pra mim com aquela expressão fria e distante de sempre.
—Precisamos planejar tudo direitinho, pra que as coisas pareçam em ordem. E espero que você não use essa situação pra se vingar de mim, Mathilda —disse ele, a voz gelada. —Po