São Paulo | Brasil
Um ano depois.
Anna Vitória
Durante todos esses 365 dias após a morte da minha mãe, eu permanecia da mesma maneira, completamente em choque. Não conseguia chorar, sorrir, gritar ou ao menos falar. Nem vontade de desenhar ou costurar minhas criações eu tinha. Tudo havia perdido a cor, a razão e o modo de ser. Mas, o que ninguém percebia, era que mesmo estando assim, em luto, eu conseguia perceber tudo o que estava acontecendo ao meu redor. Principalmente com o meu tio anjo Arthur.
Após aquele terrível incêndio meu tio anjo e minha tia Poly decidiram que nos mudariamos definitivamente para o Brasil. Meus tios tinham negócios aqui e por esse motivo acharam que seria mais conveniente que nos instalassemos definitivamente nesse país. Meu pai... Ah!... Esse daí abriu mão da minha guarda sem pensar sequer uma única vez. Porém não me importo, pois nunca tivemos muito contato e nem ao menos o considerava como tal. Na minha cabeça quem era o verdadeiro pai é o tio Arthur e