Leyla Ylmaz
Depois de sair da sala de Kemal, caminhei pelo corredor, tentando manter a postura firme. O som dos meus passos era abafado pelo carpete, mas meu coração batia alto o suficiente para ecoar em meus ouvidos. Antes que eu alcançasse a porta da saída, um dos homens de Kemal, alto e com uma expressão séria, bloqueou meu caminho.
— Senhorita Leyla, preciso que volte. O senhor Kemal quer falar com você.
Olhei para ele com desgosto e respondi:
— Eu não tenho mais nada para falar nem escutar, então saia da minha frente.
Ele cruzou os braços, como se estivesse preparado para resistir.
— Isso não será possível, senhorita. O seu pai me pediu que a levasse até ele.
Cruzei os braços, encarando-o.
— Ou o quê? Vai pegar essa sua arma e atirar em mim? — Provoquei, apontando para a arma que ele discretamente tentava esconder sob o paletó. — Como imaginei. Agora, saia da minha frente.
Antes que ele pudesse responder, ouvi a voz de Kemal atrás de mim, grave e carregada de algo