O telefone tocou tão estridente, cortando a monotonia da risada enlatada de um seriado antigo na tv, que fez Serena saltar do sofá feito pipoca.
Era Stephen.
Impressionante como Serena sentiu de imediato seu humor mudar.
— Senti saudades — ele disse, assim que a escutou dizer “alô”.
— Eu também. — Não pôde evitar responder. — Como foi seu dia?
— Ah, o de sempre: reuniões, decisões, telefonemas urgentes, tudo relativo a trabalho, trabalho, trabalho. E você?
— Ah, o de sempre: praia, sol, risadas, sorvete, água do mar, diversão, diversão, diversão!
— Malvada!
Ela riu.
— E o que está fazendo agora?
— Vendo televisão.
— Sozinha?
— Hum-hum. — Concordou.
— Está vestida? — ele perguntou, quase num sussurro.
Serena abafou o riso:
— Você sabe que sim!
— Não sei, não.
— Eu não fico andando em casa sem roupa!
— Por que não? Só moram mulheres aí com você.
— Para sua informação, nenhuma de nós fica desfilando pelada pela casa.
— Ah, que pena... Acaba de destruir uma das minhas mais s