Nicole
Para evitar maiores problemas com Martina, optei por permanecer no quarto de Eloá após a saída da pequena ao lado do seu pai. Imagino que o rostinho triste da minha garotinha era o reflexo do meu, pois vê-la daquela forma partiu o meu coração.
— Elas já saíram — Oliver avisou, entrando no quarto e sentando-se ao meu lado, no braço da poltrona.
— Eu não confio na Martina — Desabafei aquilo que estava entalado na minha garganta há tempo demais — Ela é má.
— Eu também não confio nela, mas espero que nada de ruim aconteca com a minha filha, pois não tenho certeza do que sou capaz de fazer.
O rosto de Oliver estava duro, de uma forma como nunca o vi antes e a sua mandíbula estava cerrada, com uma veia saltada em seu pescoço. Imagino o quanto está sendo difícil para ele manter o controle das emoções. Eu me sentia muito próxima do limite.
Eu pretendia tentar acalmá-lo, mas naquele momento a campainha tocou. ?nos entreolhamos em silêncio e imagino que Oliver pensou o mesmo que eu, p