KIERAN:
Eu era um Alfa, e os alfas não cedem. Não ao instinto, não aos impulsos, e muito menos aos caprichos daqueles que ainda não entendem o seu lugar. Mas com ela, manter o controlo era uma batalha constante. O meu lobo rugia dentro de mim, exigindo que a possuísse como um lobo faz com a sua Lua, marcando-a, reclamando-a, sem mais explicações. No entanto, o humano em mim sabia que Claris ainda tinha de aprender.
Não se tratava apenas de satisfazer a sua necessidade humana de amor. Não ia contentar-me com isso. Ela precisava de entender que já não era apenas uma mulher, nem mesmo apenas a minha companheira. Era uma loba. A minha loba. E, para isso, tinha de a ensinar, fazê-la compreender, não com palavras, mas com a linguagem que os lobos partilham. O lugar não importa quando o vínculo é real, pensava enquanto avançava com ela