Enrico Narrando
Comecei a gritar desesperado, pedindo ajuda, sem saber o que fazer. O desespero tomou conta de mim de uma forma que eu nunca havia sentido antes. Eu queria pegá-la no colo e levá-la eu mesmo para o hospital, mas as pessoas ao redor não deixaram.
— Chamem uma ambulância! Pelo amor de Deus, alguém chama uma ambulância! — minha voz saiu rouca, trêmula, quase sem força, eu não posso perder a Thayla, não posso.
Olhei para Thayla no chão, imóvel, seu rosto pálido, os lábios entreabertos. Meu coração martelava contra o peito, um medo sufocante tomando conta de mim. Várias pessoas ao redor já estavam com o celular na mão, ligando para o resgate. Eu queria fazer algo, qualquer coisa, mas me sentia impotente.
Minha visão varreu ao redor, até que encontrei Vilma. Ela estava parada, olhando tudo, sem esboçar nenhuma reação além de um semblante surpreso.
Avancei em sua direção, apontando o dedo para ela.
— Pega o meu carro e leva de volta para empresa Agora, Vilma! — minha voz sai