O dia 25 chegou envolto em uma bruma fina, como se a natureza quisesse abafar qualquer resquício das tensões que marcaram os últimos dias. O relógio ao lado da cama marcava 7h30, mas o mundo parecia ainda suspenso em um silêncio acolhedor. O braço de Leonardo estava jogado sobre minha cintura, e sua respiração calma aquecia minha nuca. Por um momento, não pensei em Omar, nem nas dívidas, nem no que estava por vir. Apenas fechei os olhos, absorvendo a sensação de paz que aquele instante trazia.
Leonardo se mexeu, apertando-me levemente contra si.
— Bom dia — ele murmurou, a voz rouca, ainda carregada de sono.
— Bom dia — respondi, virando-me para olhá-lo. Seus olhos verdes brilhavam mesmo na penumbra, e um sorriso suave brincava em seus lábios.
Ele se inclinou para me beijar, o gesto lento e preguiçoso, mas cheio de ternura. Não precisávamos de palavras naquele momento; o toque de seus lábios dizia tudo.
Acordamos juntos, sem pressa, e descemos para a cozinha. O cheiro de café recém-pa