Tudo que eu menos esperava ganhar de presente de Natal, com meus quase trinta anos, é descobrir um filho de meses. Pior, a mãe é ninguém menos que a namorada que minha mãe sempre desejou ao meu lado e pela qual eu, por um longo tempo, achei que não sentia nada.
E agora?
Esperanza está na minha frente, desarmada, oferecendo o seu coração ou a minha liberdade. Ela está me dando uma escolha.
Tudo que o meu lado libertino quer é pagar a pensão e se manter distante, mas olhando para essa mulher, para o meu filho, não consigo me afastar. Eu já amo esse garotinho. Não consigo me afastar nem dele... nem dela.
― Noah? ― ela me chamou e eu percebi que estava há tempo demais encarando-a sem dizer nada.
― Vamos fazer isso ― disse, e no segundo seguinte estava com meus lábios selando os seus. Rápido, apenas um pouco mais demorado que o “primeiro”.
O que vi no olhar de Esperanza me levou a um nível de excitação surreal.
Como poderia me sentir assim com um beijo tão singelo? Vendo que não seria re