Acordei com uma sensação quente e familiar deslizando suavemente pela minha pele. Meus sentidos despertaram lentamente, ainda envoltos pelo calor do sono, mas logo senti o toque inconfundível de lábios roçando levemente meu pescoço. O arrepio que percorreu minha coluna foi imediato, e meu corpo respondeu antes que minha mente pudesse processar. Era como se soubesse exatamente quem era.
Ainda assim, o instinto me fez despertar de verdade. Meus olhos se abriram de repente, e eu me virei na cama, pronta para reagir a qualquer intruso. Mas, assim que vi os olhos de Bernardo me encarando, meu coração desacelerou. Ele estava ali, tão próximo, com um sorriso suave nos lábios.
— Oi — ele sussurrou, sua voz baixa e carregada de intimidade.
Meu susto se transformou em algo muito mais profundo, e antes que eu pudesse pensar, me inclinei sobre ele, capturando seus lábios nos meus em um beijo que falava tudo o que as palavras não podiam. Havia uma mistura de saudade e desejo naquele gesto, como se