- Já te sentes bem? – Perguntava o benfeitor.
- Sim, obrigado por me teres acolhido. Se não me tivesses socorrido naquele dia, seria fatal.
- E tens medo da fatalidade?
- Eu não sou Cristo, nem Sócrates… logo, tenho medo da morte. – Essas ideias ele as tinha apreendido recentemente, pelos livros do benfeitor.
- O medo da morte não te salvará da morte. Tens de aprender a morrer estando vivo. Morrer é um caminho, um curso que se aprende, não depois da morte, mas ao longo da vida. A morte é o termo de um longo percurso. E é nisso que consiste o verdadeiro sentido da vida, a verdadeira salvação.
O Ulika ficou um tanto embaraçado. Essas ideias eram sofisticadas demais, tinha de se concentrar, afinal...
- Mas…patrão, eu …
- Não sou teu patrão, Ulika. Tenho um nome.
- Um nome!? Nunca pensei e