— Siana — a minha mãe chamou por mim enquanto estava a comer.
Naquele dia, eu havia acordado mais cedo e peguei o papel do desafio de hoje, mas não abri, guardei em um dos bolsos da minha mochila para ler assim que estivesse disponível. — Sim, mãe — respondi depois de engolir a chá que tinha na boca. — O que é que se passa contigo? —Como assim? — Não fazia ideia do que ela estava a falar e nem tentava adivinhar, dava para o torto. — Há duas semanas atrás parecias um zombie, não querias sair de casa, a tua rotina era a mesma, casa escola, escola quarto, eu precisava sempre puxar por ti até para comeres — levantou o dedo indicador e sacudiu a mão para indicar o quanto ela puxava por mim. — E agora, nem paras em casa, nem sempre está