Era um parque de diversões, tinham barraquinhas de comida, brinquedos, joguinhos bobos e até uma roda gigante.
Rhavy me apresentou alguns dos seus amigos, todos estavam sendo respeitosos comigo:
- Quer comer pipoca doce ou algodão doce de sobremesa? - ele perguntou.
- Tanto faz, pode ser qualquer um dos dois...
Ele me pegou pela mão e me levou até a barraquinha de algodão doce, ele pegou um amarelo e eu peguei um azul.
Estava uma delícia, eu não comia aquilo a uns 10 anos, talvez até mais, então, quando estava quase terminando o algodão, Rhavy me pegou pela mão e falou:
- Vamos na roda gigante...
- Nunca fui na roda gigante...
- Sério?! - ele perguntou abismado.
- Sério... Nunca fui!
- Então você vai comigo...
Demos os ingressos para o assistente da fila e depois de cinco minutos estávamos nos sentando em uma das cabines.
Quando a roda começou a girar eu senti um friozinho no estômago, agarrei a mão do Rhavy e ele disse:
- Tem medo de altura?
- Não... É a adrenalina...
- A vista lá de cima é linda, você vai ver...
Sorri para ele e fiquei observando a paisagem, quanto mais alto ficávamos, mais bonita ficava a vista.
Quando chegamos no topo da roda, Rhavy me falou:
- Tem uma tradição na minha família!
- Qual?
- Dizem que a mulher que você beijar no topo da roda gigante será a mulher da sua vida.
O que isso significava? Será que...
Antes que pudesse falar ou fazer qualquer coisa Rhavy me pegou pelo queixo e demos um beijo doce e calmo.
Quando a roda voltou a girar ele falou:
- Eu não sei se realmente funciona, mas eu me sinto bem ao seu lado e nunca tive um relacionamento tão leve.
Sorri e apoiei a minha cabeça no ombro dele. Ali era um pedacinho do paraíso na Terra.