O rosto do Felipe estava sombrio, assustador.
Em três segundos, passou da culpa à fúria.
Logo depois, soltou um sorriso frio.
Com calma, desabotoou os punhos da camisa, revelando a tatuagem de caveira preta no pulso.
— Tanto faz.
Você pode até ter casado… não importa.
Com lentidão, tirou uma arma do paletó.
Com os dedos, começou a bater de leve na coronha, os olhos fixos no Henrique.
— Silvia… Se for preciso te sequestrar para te levar de volta, eu vou fazer isso.
Assim que terminou de falar, jogou um cheque em branco no peito do Henrique.
— Já ouviu falar da família Valentino? Preenche o valor que quiser.
Pega esse dinheiro e desaparece, antes que eu perca a paciência.
— Se me atrapalhar de novo, juro que nem o seu cadáver vai ser encontrado.
O ar ficou denso.
Vi que os seguranças do Henrique, escondidos nas sombras, levaram a mão até as armas sob o terno.
O clima estava por um fio.
Henrique olhou para Felipe com um sorriso irônico nos lábios.
— Essa é a sua forma de reconquistar uma