Traição e Desespero: Grávida e Abandonada
Traição e Desespero: Grávida e Abandonada
Por: Anari Velouro
Capítulo 1
Era 11 horas da manhã quando Olavo Lima olhou para a mesa com uma expressão de desagrado.

— Aquela mulher não apareceu pra trazer a comida hoje? Normalmente, ela chega antes do almoço. Será que, depois de tudo isso, ela acha que pode relaxar? Quem deu coragem pra ela fazer isso?

O secretário, que estava colocando os utensílios na mesa, parou de repente e respondeu com um olhar nervoso:

— Sr. Olavo, a Srta. Tereza... ela... ela ainda está na piscina, não foi solta.

Olavo, que estava prestes a se sentar, congelou por um segundo, e um traço de surpresa cruzou seus olhos.

Mas ele rapidamente disfarçou e falou com um tom indiferente:

— Deixa pra lá, deixar ela mais uns dias, não vai mudar nada.

O secretário olhou para ele com um ar hesitante, falou finalmente:

— Mas... Sr. Olavo, o local onde a Srta. Tereza tá sendo mantida... já tá começando a ficar com um cheiro muito forte. Pode ser que...

Ele fez uma pausa e perguntou:

— Você quer ir ver?

Olavo continuou a mexer na comida, sem nem olhar para o secretário, e disse, com voz fria:

— Cheiro? Fica tranquila, essa mulher é do tipo que não vai deixar nenhuma chance passar. Ela não vai se prejudicar.

O secretário ainda queria falar, mas foi interrompido pelo olhar impaciente de Olavo, que franziu as sobrancelhas.

— Vou comer. Não é hora de discutir assuntos nojentos como esse. Mas, se ela não se arrepender depois disso, a culpa é toda dela. Se quando sair, ela pedir desculpas para a Helena, podemos dar esse capítulo por encerrado.

Mal ele terminou de falar, Helena entrou pela porta, interrompendo a conversa.

— Maninho...

Olavo imediatamente se levantou e a abraçou com carinho, suas palavras eram doces e cuidadosas:

— Leninha, o que tá fazendo aqui? Tá com medo de ficar sozinha em casa?

Ele segurou sua mão com ternura e a olhou nos olhos:

— Não precisa ter medo, já dei uma boa lição na Tereza. Não fique triste, tá?

Helena enterrava o rosto no peito de Olavo e, de maneira fofa, reclamou:

— Sabia que o maninho sempre foi ótimo pra mim. Mas só queria que a Tereza pedisse desculpas. Não queria que ela sofresse assim... será que, com tudo isso, ela vai me odiar?

Olavo acariciou as costas de Helena e, disse com um tom firme:

— Fica tranquila, ela não vai ousar.

Eu não pude deixar de rir, mas não havia ninguém para me ouvir.

Afinal, eu já estava morta.

E até o último segundo de minha vida, quando eu ainda estava afundada naquele maldito lugar, não sabia que a única saída seria a morte.

Agora, vendo tudo de fora, a piscina, que antes era tão grande e espaçosa, estava completamente vermelha, com o sangue misturado à água.

A tampa da piscina havia sido soldada, como se quisessem prender aquele corpo ali para sempre.

Nunca mais, em nenhuma outra vida, haveria escape.
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