Estava no escritório de Theo, sentada atrás daquela mesa enorme de madeira, fazendo tudo o que ele havia me pedido para adiantar do trabalho. Estava tão concentrada que me distraí com a papelada e as ligações e esqueci o restante do mundo. De repente, escutei uma batida na porta do escritório, e ela começou a se abrir devagar. Tom surgiu por trás e perguntou:
– Você tem um minuto?
Meu coração quase saiu pela boca. Senti minhas mãos ficaram suando e foi difícil manter um sorriso mesmo que amarelo no rosto. O ar parecia preso em meus pulmões.
– Cla–claro… Pode entrar, sim.
Era muito difícil ser simpática com quem destruiu a vida do meu pai. Me senti traindo–o só por estar próxima desse canalha. Meu pai estaria decepcionado se soubesse onde eu estava nesse momento e quem estava parado à minha frente. Mas essa seria a chance que eu teria de vingar meu pai, e eu não a perderia por nada.
– Sarah Walker, não é mesmo?
– Sim, isso mesmo.
– Por acaso, conhece Valter Walker?
– Você sabe que sim!