Capitulos 2 - Aquela que se sujeita a excelsitude maligna

    Basilissa encontrava-se na cachoeira terminal próxima ao castelo de cristal, situado no território de Lighting, sendo este sua morada. Ela estava sendo cuidada por Safiya e uma elfa de cabelos loiros e olhos azuis chamada Mizaki, que usavam seus poderes de cura para auxiliar na recuperação da arcanjo.

— Como Vough pode ser tão covarde! Ele não merece o de Líder de Frostwar! — Indignava-se a elfa de cabelos loiros.

— Não há mais o que fazer... — Dizia Basilissa em um pesado suspiro.

— Ele quase a matou! Isso foi muito cruel. — Dizia Safiya.

— Sim, mas a energia de meu pai selada na Killthar me protegeu… — dizia a arcanjo fitando a própria arma, repousada abaixo de uma árvore cintilante. — Mesmo depois da morte ele continua a me proteger...

— Dizem que o mestre Sorath era um arcanjo muito poderoso e bondoso, certamente a senhora puxou a ele. — Comentava Safiya.

— Infelizmente não tenho muitas lembranças de meu pai... — dizia Basilissa, sorrindo de leve. — Eu era criança, mas é estranho que eu quase não me lembre dos meus pais...

     Por um momento, a arcanjo fechou os olhos, buscando em sua memória algum fragmento da imagem de seus pais, porém, tudo o que podia sentir era a energia deles e também de mais alguém. Mas, que apenas durou pouco tempo sentindo apenas a presença de seu pai por um momento, algo que a fez sorrir e em seguida abrir os olhos com calma para continuar a falar:

— Apenas me lembro das energias deles: meu pai sempre teve uma energia suave, já minha mãe uma energia um pouco mais agitada e… Me lembrei também de que senti a energia de mais alguém… Talvez meu irmão ou irmã… Mas, se eu tenho um irmão ou uma irmã, onde ele ou ela estaria?

— Eu somente conheci a senhora quando tinha 12 anos. Mizaki, você se lembra de ter visto mais alguém junto com o mestre Sorath? — Dizia a guardiã, enquanto penteava os longos cabelos púrpuras da arcanjo com os próprios dedos.

— Eu era pequena, mas apenas me lembro de tê-lo visto junto a nossa mestra. — Respondia a elfa.

Enquanto isso, Vough estava sentado em seu trono no castelo dos pesadelos, situado em Night Ghost, a sua frente três seres que lhe dirigiam a palavra.

— Espero que não tenha se esquecido de sua promessa, de me tornar a rainha das águas de Frostwar. — Dizia uma jovem de longos cabelos lilás, trajando um longo vestido azul-claro.

— Eu não disse que iria cumprir? Então seja paciente até a coroação, Belle. — respondia Vough rispidamente. — Cada um de vocês receberá suas devidas funções como meus auxiliares.

— Eu fico imaginando a cara de todos ao me verem como seu conselheiro. — Comentava em modo de sátira um rapaz encapuzado, rindo de forma sarcástica.

— Vão ter que aceitar, afinal agora eu sou o líder de Frostwar! — Respondia o vampiro.

— E você acha que os juízes aceitarão tão fácil assim meu suposto arrependimento? — Indagava o rapaz.

— Symph, se seguir todo o planejamento tudo ocorrerá bem. — Respondia Vough.

— De minha parte não tenha dúvida. — respondia o rapaz. — Apenas estou alertando, pois, sei bem como eles são.

— É claro que tudo será feito com cautela. — respondia o vampiro. — Retirem-se, preciso me preparar para a coroação.

    O trio reverenciava-o, então iam se retirando do local. Um homem de porte alto, de cabelos negros que iam até à altura dos ombros, trajando um belo sobretudo negro com detalhes em verde e dourado, surgia das sombras ao lado esquerdo de Vough. O vampiro se levantava, se virando aquele ser e o suposto homem tomava a palavra:

— Foi muito fácil essa derrota de Basilissa.

— Aquela arcanjo tola baixou a guarda e eu me aproveitei. — Respondia Vough.

— Se não fosse pela energia em Killthar, ela estaria morta. — dizia o homem. — Holocaust e Killthar são as melhores armas de Frostwar, ambas as energias são tão intensas que causam enormes ondas de choque.

— Como sabe, a Holocaust foi forjada pela minha mãe. — respondia o vampiro, direcionando sua atenção para a arma em sua cintura e depois voltava a fitar o homem. — Às vezes me pergunto quem forjou a Killthar

— Quem forjou Killthar foi um suposto arcanjo, que era o pai de Basilissa. — Explicava o homem.

— Suposto? Quer dizer que não era exatamente um arcanjo? — quis saber Vough. — Hã! Que ironia eu e Basilissa estarmos disputando pela liderança de Frostwar.

— Muito mais do que imagina. — respondia o homem. — Sorath era bem mais que um arcanjo. Contente-se com está informação por hora, Vough. Tenho outras coisas para fazer.

Em seguida a imagem deste desaparecia nas sombras. Então Vough se teletransportava para o galho de uma árvore, estava pensativo com aquelas questões levantadas com o dialogo de poucos minutos atrás. Também pensava sobre outra questão:

— Preciso de uma "dama de companhia", ou melhor, uma boa escrava. Eu poderia persuadir Musset, mas tenho a impressão que posso encontrar alguém melhor.

    Enquanto estava perdido em seus pensamentos, via que um grupo de demônios e vampiros menores de Night Ghost perseguiam alguém. Seus olhos escarlates observavam de longe uma longa cauda branca e felpuda se mexendo, além disso, detectou pela energia, qual era a espécie que o grupo estava perseguindo.

— Uma kistune? — deduzia para si mesmo. — Estou vendo bem? Uma kitsune fugindo de um grupo de demônios e vampiros? Tsc... Que decadente.

   E de fato era uma kitsune, ela corria o máximo que podia, no entanto, o grupo acabava a levando a um local sem saída. A bela kitsune de longos cabelos negros e olhos escarlates para de correr e virava-se para o grupo que se aproximava, estava encurralada e claramente amedrontada. Antes que eles pudessem atacá-la, viu um flash vermelho passando por alguns deles os fazendo recuar, enquanto outros ficavam distantes.

— Sumam daqui agora mesmo, antes que eu mate cada um de vocês! — Bradava Vough surgindo a frente da kitsune, segurando a Holocaust com sua destra e emanando uma intensa aura negra ao seu redor.

— I-imperador Vough! — gaguejava um dos demônios. — M-mas apenas estávamos nos divertindo com essa raposa...

— Façam o que ordenei! — Interrompia o vampiro.

    Sem escolha, os dois grupos se retiravam do local. Vough acalmava a sua energia, fazendo com que aquela aura negra e ameaçadora desaparece, enquanto se virava para a kitsune que estava praticamente encolhida e tremendo de medo.

— V-você é Vough, líder dos Night Ghost?! — Deduzia ela.

— E líder de Frostwar! — completava ele. — Mas que vergonha… Uma kitsune fugindo daquele bando de inúteis!

— Perdoe-me, mas eu não gosto de lutas… — Explicava-se a morena.

— Tola, aqueles que não lutam em Frostwar acabam mortos por seus inimigos. — dizia Vough. — Além disso, me deve por sua vida.

— Mas, por que tudo tem que ser assim? — indagava a kitsune, tomando coragem para levantar o olhar e fitar o vampiro. — De fato, lhe devo minha vida. Como posso recompensá-lo?

— A lei da sobrevivência é simples e clara: o mais forte sobrevive! — respondia o vampiro, aproximando-se da kitsune, levantando a mão destra e erguendo o queixo da mesma com o indicador. — A forma que você tem de me recompensar é sendo minha escrava.

    Os olhos do vampiro estavam fixos dos da kitsune, uma aura avermelhada podia ser notada. Ele estava usando de seu poder psíquico para hipnotizá-la. No entanto, a kitsune possuía um poder mental tão grande que não foi afetada pela hipnose, mas as palavras do vampiro fizeram com que ela se lembrasse da morte de sua família. Ela piscava os olhos duas vezes e agitava as orelhas.

— O que disse faz sentido… Irei onde for, Vough-sama. — Respondia ela.

— Ao que vejo não segue Lighting e nem Night Ghost. — dizia o vampiro afastando-se e recuando a mão para próxima de seu corpo novamente. Havia notado que sua hipnose não havia funcionado com a kitsune, algo que o intrigou em seu interior. — Ao menos tem um nome?

— Me chamo Mayumi. — Apresentava-se a kitsune e em seguida fazia uma breve reverencia.

— Notei que minha hipnose não funcionou com você. — dizia o vampiro, a fitando com um olhar de superioridade. — Nenhum ser desta dimensão se impôs diante da minha hipnose.

— Não foi a minha intenção, Vough-sama. — explicava-se Mayumi mantendo-se com o corpo curvado para frente e com a cabeça baixa. — Na verdade, eu nem se quer notei a hipnose.

— Então foi uma ação involuntária de seu corpo? Interessante. — comentava o vampiro. — Sinal que não sabe controla suas habilidades.

— Admito que tenho certas dificuldades. — Confirmava a kitsune, se pondo em posição reta novamente, colocando as mãos juntas a frente do corpo.

— Como imaginei, terei que treiná-la. — dizia Vough. — A coroação será daqui a algumas horas, como daquiem diante irá me servir não deve se apresentar com esses trajes.

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