Prólogo
Aya se sentou no chão em meio às flores. Elas haviam murchado e ao ver aquilo, seu peito apertou. Como um pressentimento de algo ruim viria a seguir.
O vilarejo Haandi era temente ao Deus da morte, Temenis, desde muito tempo. Seu povoado era considerado estranho e por isso eram descriminados e recebidos com olhares tortos. Ela só queria que as pessoas pudessem conhecê-los antes de julga-lós. Fechou os olhos e prestou atenção ao som das crianças brincando.
A mulher podia ouvir sua filha cantar a canção que todos eles haviam aprendido desde crianças. A história do dia em que a morte viria ao encontro deles. Rya corria em círculos com outros pequenos enquanto cantava. E desse modo, a mãe acabou a acompanhando.
“Ouça, Ouça o corvo cantar
Trazendo o lamento de seu deus
Do lugar de onde as pérolas enfeitam as árvores
E as joias encantam suas águas,
A morte desperta com um grito de
Cólera pela traição daqueles em quem confiara
Seu reinado se ergue e o vento trará a