-Você veio fazer o quê! Carolinha já passou cinco anos na prisão para se redimir, o que mais você quer? - Augusto se posicionou na frente de Carolina, olhando furiosamente para Pedro.
- Redimir? - Pedro riu. - Ela deve a mim, como ela vai pagar? Que tal eu acabar com esse bastardo?
Carolina olhou assustada para Pedro, sabendo que ele não estava brincando.
Carolina, apavorada, se ajoelhou no chão, implorou desesperada e impotente, suplicando: - Pedro, prometo que vou fazer o que vocês querem, por favor, me deixe em paz, me dê alguns dias, por favor, por favor.
Ela só queria voltar para casa e passar um tempo com o filho dela.Apenas alguns dias, isso é pedir demais?
- Carolinha! Levante-se! Ele não se atreverá a fazer nada conosco. - Augusto olhou para Carolina com pena.
Ela não era assim antes.
A antiga Carolina foi como uma rosa branca criada em uma estufa, mas agora...
- Não se atreverá a fazer nada com vocês? - Pedro riu. - Augusto, você não entende nada sobre esta sociedade?
Levantando a mão, os guarda-costas de Pedro avançaram e atacaram Augusto com um soco.
Augusto era alto e robusto, acostumado ao trabalho pesado no canteiro de obras, e sabia se defender.
Mas os guarda-costas de Pedro eram muitos, e cinco guarda-costas contra ele, logo ele estava em desvantagem.
- Parem... Pedro, Pedro, por favor, pare! - Carolina chorava e se ajoelhava diante de Pedro, pedindo para ele parar. - Você pode me pedir o que quiser, por favor, deixe meu irmão em paz, por favor.
- Não implore! - Augusto gritou descontroladamente, tentando salvar a irmã, mas não conseguia se libertar dos guarda-costas. - Se você tem coragem, faça eles me baterem até a morte.
- Eu posso fazer o que quiser com você? - Pedro segurou o queixo de Carolina. - Você é realmente desprezível.
- Não toque na minha mãe! - Tiago pulou para cima, mordendo a mão de Pedro.
Pedro olhou para o menino com os olhos cerrados, pronto para bater nele.
"Pa!" Em vez de atingir Tiago no rosto, o tapa acertou o rosto de Carolina.
Carolina puxou Tiago para perto, olhando Pedro com alerta e raiva. - Não toque no meu filho.
O Pedro a enojava agora.
O que a deixava ainda mais enjoada era que ela já amara esse homem por muitos anos.
Vendo Carolina proteger aquele bastardo, a raiva de Pedro aumentou. - Carolina, até agora, você ainda se recusa a me dizer quem é o pai desse bastardo? Por que você protege tanto o filho bastardo dele!
Pedro odiou Carolina porque ela se recusou a revelar quem era o pai do filho ilegítimo.
Carolina abraçou Tiago com firmeza, os dois pareciam feras prontas para morder a qualquer momento.
Vendo que Carolina não estava falando, Pedro ficou ainda mais furioso. - Leve os dois de volta para mim!
- Carolinha! Tiago... - Augusto correu para tentar impedir, mas foi derrubado por um dos guarda-costas.
- Irmão! - Carolina chorava, tentando correr, mas foi forçada para dentro do carro.
Pedro estava certo, eles não podiam lutar contra o poder.
Eles mereciam ser pisoteados pelo resto de suas vidas.
O carro parou em frente à mansão da família Santos, e Carolina, segurando Tiago com firmeza, olhou para Pedro. - O que você quer fazer?
- Este mês, não pense em ir a lugar algum, fique aqui e se recupere, em um mês, doe um rim para Luana. - Pedro saiu do carro, sacudindo a mão mordida por Tiago. - Filhote de lobo.
- Senhor... Você percebeu algo? - O motorista saiu do carro e perguntou baixinho a Pedro. - Este garoto, na verdade, se parece muito com alguém da família Santos?
Pedro ficou surpreso por um momento e virou-se instintivamente para olhar para o garoto que se recusava a sair do carro.
Realmente, ele se parecia com alguém da família Santos.
Mas logo a expressão de Pedro ficou sombria novamente, e ele advertiu o motorista com uma voz fria. - Você fala demais!
Pedro soube muito bem que nunca havia feito sexo com Carolina.
Quando namorava Carolina, ele a tratava como um tesouro, prometendo nunca tocá-la antes do casamento, mas ela não resistiu à solidão e se envolveu com outros homens!
- Desça! - A babá foi tirar Tiago do carro, mas ele se recusava a sair, escondendo-se no carro e se recusando a sair.
A babá perdeu a paciência e levantou a vassoura para bater em Tiago, mas foi mordida por ele.
- Seu pequeno bastardo, como ousa me morder. - A babá pegou a vassoura para bater em Tiago.
Carolina instintivamente protegeu o filho em seus braços, e a vassoura atingiu as costas de Carolina, doeu, mas ela estava acostumada.
- O que está acontecendo aqui?
No segundo andar da casa dos Santos, um homem estava parado na varanda com a voz baixa.
A babá se virou assustada, pedindo desculpas repetidamente. - Jovem mestre, desculpe, fui intrometida, interrompi seu descanso.
O homem franziu a testa, seu olhar se voltou para Pedro.
- Irmão... Por que você voltou? - Pedro sentiu um aperto no coração, José nunca voltava para essa casa, por que hoje ele voltou?
- O quê? Eu não posso voltar? - José perguntou friamente.
Pedro rapidamente baixou a cabeça. - Eu não quis dizer isso.
Todos em Cidade A sabiam que a família Santos não era algo que se podia simplesmente se envolver, e toda a família Santos dependia de José.
Este homem, em termos de habilidades e antecedentes familiares, era uma figura que ninguém em Cidade A poderia provocar.
No carro, os dedos de Carolina, abraçando o filho, ficaram rígidos por um momento. Essa voz... por que parecia familiar?