Em casa dos Martins.
A mãe de Augusto havia saído da prisão, e os parentes organizaram um jantar de recepção para ela, dizendo que era para dar uma nova cara à sua vida.
— Ei, não acredito, a filha da nossa família é tão bonita. — Um dos parentes observava Carolina de cima a baixo. — Mas ainda sem namorado, né?
Carolina, com sua ansiedade social, se sentia desconfortável, especialmente com olhares tão diretos e sem rodeios.
Ela tentou se afastar um pouco, sem dizer nada.
— Tia, o que você está fazendo? — Augusto franziu a testa e ficou na frente de Carolina, a protegendo.
— Ei, vou arranjar um bom namorado para Carolina. — Essa tia, uma mulher de meia-idade, falou sorrindo. — Ela é bonita, mas já teve um filho. Aqui na nossa vila, gravidez antes do casamento é algo que todo mundo critica, mas como sua mãe me pediu, vou arrumar um bom namorado para ela.
Augusto franziu a testa e olhou para Linda, que estava sentada na posição principal à mesa. — Mãe, você pediu para a tia arranjar um