Carolina estava com os olhos avermelhados, segurando José com força enquanto sua respiração ficava cada vez mais acelerada.
Ficou louca… Talvez todo mundo tenha enlouquecido.
José estava com febre, o corpo ardendo como brasa.
Carolina sentia que ela própria estava queimando, a alma consumida pelas chamas.
Imerso nessa luxúria homem-mulher, para ela, era uma verdadeira tortura.
A cada momento, algo dentro dela repetia que ela não era digna dele, que nunca estaria à altura de José.
Seu corpo e sua alma pareciam marcados pela lama.
As acusações vindas de fora. — Mulher sem moral, vida desregrada. — Pouco importavam.
Carolina estava cansada de tentar se explicar.
Mesmo sabendo que a culpa não era sua, ela se sentia impura, indigna de ficar ao lado de José.
Se o corpo dela ainda pudesse dar a José uma saída para seus desejos, isso seria um valor existencial, não seria?
…
Na manhã seguinte, Carolina despertou sentindo o corpo pesado, com dores musculares por todo lado.
Quando olhou ao redor,