Aquela cena fez Natacha sentir uma opressão sufocante.
Lorena olhou para Natacha com um olhar cheio de compaixão e disse:
— Me desculpe...
— Você não tem nada pelo que se desculpar comigo. — Lorena sorriu levemente. — Quem me deve desculpas é Duarte, não você. Mesmo sendo irmã dele, eu jamais descontaria minha mágoa em você.
Quanto mais Lorena dizia essas palavras, mais difícil era para Natacha suportar.
— Mas você vive sob a vigilância constante do meu irmão... Quando esse tipo de vida vai acabar? — perguntou Natacha, angustiada.
O olhar de Lorena refletiu um traço de melancolia, mas logo sua expressão se suavizou, e ela respondeu com indiferença:
— A antiga Lorena talvez já tenha morrido no momento em que foi enganada e levada para País N. A mulher que sou agora foi salva por Duarte... Então, que seja. Vou considerar que estou em dívida com ele. Seja lá o que ele quiser fazer comigo, eu aceitarei. Pelo bem da minha mãe, eu preciso continuar vivendo.
Natacha ficou prof