Maya
Segui pelo corredor até chegar às portas duplas. Uma parte estava entreaberta, eu a empurrei e bati de leve com os nós do dedo contra a madeira. Victor estava ao telefone de costas para mim segurando o seu celular com a sua mão esquerda no seu ouvido e com a direita enfiada no bolso da sua calça. Entrei na sua sala e parei um pouco distante dele, o suficiente para não o atrapalhar.
— Okay. Obrigado — disse ele antes de encerrar a sua ligação e guardar o celular no bolso interno do seu paletó. — Uau! Você está linda! — elogiou ao se virar para mim.
— Eu me perguntei o que você tem contra calças jeans. Só havia vestidos no closet.
Ele sorriu.
— Elas cobrem as suas pernas. É o que tenho contra elas. — Victor se aproximou e parou a um passo de distância de mim.
— É, são calças. É isso que elas fazem — disse sorrindo.
— Não gostou dos vestidos? Posso mandar que troquem todos eles. — Apoiou as suas mãos no meu quadril.
— Não. São lindos. Todos eles!
— Tenho um almoço de negócios hoje.