— E isso é tudo, Marina. — Finalizei o manuscrito de tia Eneida, deixando as folhas de lado, enquanto ela me olhava boquiaberta.
— Isso é tudo? Tem certeza de que não há mais nada? Nem fizeram uma investigação decente! Pobre Mercedes! Por que desfigurar seu o rosto? Não entendi. Se ela entrou no fogo cruzado entre irmãos, não faz nenhum sentido seu rosto ter sido desfigurado!
— Já me fiz essas perguntas várias vezes. Quer dar uma olhada nas fotos novamente?
— Não sei!
— Venha. Quem sabe depois de tudo o que lemos, consigamos ver alguma coisa que não vimos na primeira vez?
— Isso é uma loucura! Nada faz sentido! Há tantas possibilidades para o ocorrido naquela noite!
— Para mim parece mais um crime premeditado do que um assassinato seguido de suicídio. Isso é muito claro.